A obra literária de Heitor Moraes denota muita simplicidade e objetividade, não sendo necessário que o leitor martele a mente em busca de explicações. As poesias falam somente de amor, vivendo a delícia do amor verdadeiro, puro, ingênuo, doce como mel.
Para divulgar seu trabalho, o poeta e cancioneiro popular Heitor Moraes anda pelas ruas de Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI), vendendo cada exemplar pelo valor quase simbólico de 5 reais. Quem o compra, tem a oportunidade de ler suas principais poesias, companheiras de vários anos de romantismo.
“Heitor não protesta de forma categórica, mas defende a paz na relação amorosa. Não deixa de ser singular, pois espécie de ermitão convicto, o bom Heitor, que estudou muito pouco, colocou no papel os sonhos acalentados de quem vive a solidão como se vivenciasse a multidão”, definiu o advogado e historiador Décio Helder do Amaral Rocha.
Nascido aos 06 de agosto de 1926, filho de José Moraes da Silva (Zé da Prata) e Alice Moraes da Silva, Heitor Moraes viveu toda a infância junto com os sete irmãos, em Alto Parnaíba. Aos 16 anos resolveu andar pelo Brasil, conhecendo vários lugares e fixando residência na cidade de Lagoa da Confusão (TO). Porém, 28 anos depois, retornou à terra natal.
Lá, aprendeu com os índios a técnica de fazer canoas usando apenas um tronco, sem emendas. Carpinteiro e marceneiro de profissão, sempre trabalhou fazendo móveis e tetos de casas. Aposentado e prestes a completar 85 anos de idade, tudo que seu Heitor quer agora é vender o livro. Compre, leia e aprecie, sem moderação.
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