quarta-feira, 30 de abril de 2014

Morre José de Freitas Neto (Zé Paraíba), ex-prefeito de Alto Parnaíba

Imagem: Carlos BiahJosé de Freitas Neto, o José de Freitas Neto, o Zé Paraíba, já em estado terminal e bastante debilitado, recebendo visita de alguns bons amigos

Na madrugada desta quarta-feira, 30 de abril, véspera do Dia do Trabalhador, morreu na cidade de Araguaina (TO), aos 78 anos, o paraibano de Sousa, José de Freitas Neto.

“Zé Chofé”, como era conhecido desde que chegou à cidade de Alto Parnaíba, no extremo-sul do Maranhão, ao final da década de 1960, foi motorista de caminhão e recebeu apoio nas terras maranhenses dos ex-prefeitos Corintho Rocha e José Soares.

Mas tarde popularizado com o cognome “Zé Paraíba”, ajudou na criação dos bairros São José, Santo Antonio e Santa Cruz, em Alto Parnaíba, onde conseguiu grande amizade.

No inicio da década de 1980, Zé Paraíba foi agricultor no cerrado alto-parnaibano e boa parte da sua produção, na época de arroz, era distribuída para as famílias carentes de Alto Parnaíba, o que lhe rendeu o titulo de “Pai da Pobreza”. Nesses anos, a população da cidade passava por uma transição e sofria com o êxodo da zona rural para a urbana, o trabalho era escasso e a base de alimentação de muita gente eram mangas colhidas na “Pontinha”.

Imagem: Carlos BiahCorpo de(Imagem:Carlos Biah)Corpo de Zé Paraíba chega em Alto Parnaíba, vindo de Araguaina, e é recebido por diversos populares e autoridades

Anos depois Zé Paraíba entra na política, se elegendo prefeito em 1989, tendo como vice o atual prefeito Itamar Vieira, contando com o apoio de quase todas as forças políticas de Alto Parnaíba, de sertanejos de todas as regiões do município, de lideranças comunitárias, de setores ligados à Igreja Católica, de vários ex-prefeitos, como Renan Soares, Corintho Rocha, Raimundo Almeida e Gonzaga Lopes, que faziam parte de seu palanque, ajudando a derrotar seu opositor José Ribamar Nogueira, agricultor e vice-prefeito do então prefeito Antonio Rocha Filho, de quem recebera apoio. A eleição foi fácil, obtendo uma vantagem expressiva de votos.

Findando seu mandato e, como na época não havia reeleição, Zé Paraíba resolve apoiar a candidatura do agricultor mato-grossense Adalto Gomes da Silva, que venceu a médica Raimunda de Barros Costa, o dentista Ernani Soares e a líder comunitária Maria Filomena.


Imagem: Smith RosaSepultamento de Zé Paraíba(Imagem:Smith Rosa)O sepultamento de Zé Paraíba será na manhã desta quinta-feira, 1º de maio, após cerimônia na Câmara de Vereadores

Depois da gestão de Adalto Gomes, Zé Paraíba se elege novamente prefeito de Alto Parnaíba, para seu segundo e último mandato, tendo como vice o dentista Ernani Soares.

Posteriormente, Zé Paraíba foi derrotado por duas vezes em eleições majoritárias.

Já acamando e com uma das pernas amputada, a Câmara de Vereadores de Alto Parnaíba resolveu, finalmente, lhe conceder o titulo de 'Cidadão Alto-parnaibano'.

Zé Paraíba estava residindo no Bairro S. José, na companhia de Izoneth Mascarenhas Gama.

O corpo de Zé Paraíba está sendo velado em sua residência, à rua Pref. Antonio Rocha Filho.
E o sepultamento do "Pai da Pobreza" ocorrerá no Cemitério de Alto Parnaíba, na manhã desta quinta-feira, 1º de maio, após cerimônia na Câmara Municipal de Alto Parnaíba.


Fonte: Blog do Carlos Biah


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Inaugurada oficialmente nova sede da Câmara Municipal de Alto Parnaíba

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)Nova sede da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, no sul do Maranhão, inaugurada oficialmente em 25 de abril de 2014

Na manhã desta sexta-feira, dia 25 de abril de 2014, dezenas de pessoas, entre autoridades, representantes de instituições e munícipes em geral, compareceram à nova sede da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, cidade posicionada no extremo-sul do Maranhão, para participar da solenidade oficial de inauguração das amplas e confortáveis instalações.


VÍDEO: Vereador Wladimir Rocha fala sobre nova sede da Câmara Municipal


Nas palavras da presidente do Poder Legislativo, vereadora Maria do Socorro Rodrigues Vieira, do prefeito Itamar Nunes Vieira e do ex-vereador e presidente da Câmara, Sr. Marco Antonio Leite de Almeida, que iniciou a construção, uma obra à altura dos alto-parnaibanos.

Imagem: José Bonifácio/GP12(Imagem:José Bonifácio/GP1)Autoridades presentes ao ato solene de inauguração da sede da Câmara acompanham a execução do Hino Nacional

A cerimônia foi realizada no Plenário Homerino Duarte Segadilha, uma justa homenagem que já havia sido feita desde o antigo prédio ao ex-vereador e ex-vice-prefeito de Alto Parnaíba.

Já o espaçoso auditório da Câmara Municipal de Alto Parnaíba recebeu o nome do ex-vereador e ex-prefeito de São Luis (MA), o atual deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB-MA) que, ao lado de outras autoridades presentes, fez o descerramento da placa.


Imagem: José Bonifácio/GP13(Imagem:José Bonifácio/GP1)
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6(Imagem:1)Vereadora Maria do Socorro Rodrigues Vieira, presidente da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, corta a fita simbólica

Em seu breve pronunciamento, Manoel Ribeiro iniciou pedindo a todos que ficassem de pé durante um minuto, em homenagem ao saudoso advogado e amigo Décio Hélder do Amaral Rocha, falecido em 14 de fevereiro de 2013, vítima de infarto agudo do miocárdio (IAM).

Antes, o prefeito Itamar Vieira havia se manifestado, dizendo que o deputado Manoel Ribeiro sempre foi um parlamentar dedicado às causas de Alto Parnaíba, e que a homenagem é justa, plenamente aceitável. “Não quero dinheiro de político e nem apoio um deputado que só vem aqui prá fazer discurso bonito, mas que viabilize obras para Alto Parnaíba”, disse.


Imagem: José Bonifácio/GP16(Imagem:José Bonifácio/GP1)Auditório Manoel Ribeiro" da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, com capacidade para receber mais de 100 pessoas

Apesar de ninguém ter se manifestado publicamente, alguns poucos questionavam o “por que” da homenagem ao deputado Manoel Ribeiro e não ao ex-vereador Marco Antonio, que, como ex-presidente daquela Casa Legislativa, lutou muito para que a obra se concretizasse.

Além dos nove vereadores de Alto Parnaíba (Socorro Vieira, Figueiredo, Cal, Miguel Reis, Firmino Moreira, Josimar, Railon, Rodrigo e Wladimir Rocha), também compareceram à solenidade o vice-prefeito de Santa Filomena (PI), Adauton Barbosa de Queiroz, em companhia dos vereadores Cristóvão Dias, José Bonifácio, Regis e Renato Vieira.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Adutora de Santa Filomena levará água para 13 municípios do sul do Piauí

Imagem: José Bonifácio/GP1Rio Parnaíba, à altura da cidade de Santa Filomena,(Imagem:José Bonifácio/GP1)Águas do Rio Parnaíba, à altura da cidade de Santa Filomena, que poderão abastecer outras 13 cidades do sul do Piauí

A presidente Dilma Rousseff confirmou o lançamento de uma nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento para agosto deste ano e a Codevasf afirmou que o projeto Artérias do Parnaíba será incluído no PAC 3. A proposta, de autoria do deputado federal Jesus Rodrigues (PT), prevê a construção de duas adutoras para levar água a 38 cidades do Piauí.

“O projeto será apresentado para avaliação do Ministério do Planejamento, que definirá as obras a serem executadas por meio do PAC 3”, garantiu a chefe de gabinete da Codevasf, Maria Auxiliadora Cavalcanti, em reunião com o deputado Jesus Rodrigues. Em fevereiro de 2014, o próprio presidente da Codevasf, Elmo Vaz, declarou ser favorável à ideia.

A proposta consiste em canalizar água do rio Parnaíba através de duas adutoras construídas às margens de rodovias, o que exclui a necessidade de desapropriação de terras. Uma delas deverá ser instalada na região de Amarante, beneficiando 25 municípios, e uma segunda adutora, na região de Santa Filomena, para atender 13 municípios o sul piauiense.
 
Imagem: Reprodução1(Imagem:Reprodução)Deputado federal Jesus Rorigues (PT-PI), autor do projeto que prevê a construção de duas adutoras no Rio Parnaíba

O estudo preliminar da obra foi elaborado voluntariamente pelo então superintendente regional da Codevasf no Piauí, Valdiney Amorim. “O importante é que levaremos água de um determinado ponto para outro dentro da mesma bacia, quer dizer, a água voltará para o mesmo rio Parnaíba em um local mais abaixo”, destaca Jesus Rodrigues.

Dentre os municípios a serem beneficiados, estão: Água Branca, Agricolândia, Amarante, Curralinhos, Demerval Lobão, Hugo Napoleão, Lagoa do Piauí, Lagoinha do Piauí, Miguel Leão, Monsenhor Gil, Prata do Piauí, Regeneração, Santa Cruz dos Milagres, Santo Antônio dos Milagres, S. Félix do Piauí e S. Pedro do Piauí, na região de Amarante (Médio Parnaíba).

Avelino Lopes, Corrente, Cristalândia do Piauí, Curimatá, Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Redenção do Gurguéia, Riacho Frio e outros, na região de Santa Filomena (Alto Parnaíba).


Fonte: ASCOM


terça-feira, 15 de abril de 2014

Festa dos filomenenses em Gurupi-TO deve reunir mais de 300 conterrâneos

Imagem: Reprodução1(Imagem:Reprodução)Monumento em Defesa da Natureza, um dos cartões postais de Gurupi (TO), nas proximidades do Terminal Rodoviário

A colônia de Santa Filomena, cidade localizada a 925 quilômetros de Teresina (PI) e a cerca de 1.000 quilômetros e Gurupi, a “Capital da Amizade”, no sul do Tocantins, reunir-se-á pela primeira vez no município dos “Benjamins”, mobilizando amizade entre os conterrâneos.

A idéia do evento partiu do jovem filomenense Mailson Dourado, que reside em Gurupi há oito anos. Ele afirma que vem contando com o apoio de amigos conterrâneos que moram em Brasília (José Augusto e Samuel Abreu) e em Palmas (Ronaldinho de Araújo).

A festa pretende reunir, dias 19 (Sábado de Aleluia) e 20 (Domingo e Páscoa), mais de 300 filomenesnes que residem em Gurupi e em outras cidades relativamente próximas, como Brasília, Goiânia e Palmas. De Santa Filomena, pelo menos 30 pessoas estarão em Gurupi.


Imagem: Divulgação1(Imagem:Divulgação)Peça publicitária de divulgação do I ENCONTRO FEST FILOMENENSE em Gurupi (TO), produção de Kênio/SK Gravações

O evento acontecerá no Clube do BASA (Banco da Amazônia S/A) de Gurupi/TO. A partir das 16h de sábado haverá partidas de futebol, envolvendo quatro times formados apenas por filomenenses: GURUPI, SANTA FILOMENA, PALMAS e BRASÍLIA.

Sábado à noite haverá baile, animado pela Banda TRI SHOW, grupo formado por cearenses radicados em Gurupi, e que toca de tudo, seja qual for o estilo musical. Já no Domingo, os filomenenses e amigos de Santa Filomena estarão se confraternizando em um churrasco, servido nas dependências do Basa Clube de Gurupi, regado a música ao vivo.

Cada participante contribuirá com a importância de R$ 70,00 (Homem) ou R$ 50,00 (Mulher), com direito a Open Bar (festa com bar aberto, sem limite de bebida por pessoa).


Imagem: ReproduçãoMailson Dourado,(Imagem:Reprodução)Mailson Dourado, idealizador e principal organizador da Festa dos Filomenenses em Gurupi, de 19 a 20 de abril de 2014

O I ENCONTRO FEST FILOMENENSE já conta com os seguintes apoiadores: Sérgio Neres (São Paulo); Salão Diniz e Mundial Equipamentos (Gurupi); José Augusto e Samuel Abreu (Brasília); Ronaldinho Araújo (Palmas); e Tony Santos, José Bonifácio, Cristóvão Dias, Antonio Siqueira, Marilis, Soró, SK Gravações, Portal GP1 e Rádio Comunitária Rio Taquara FM (http://www.radiobpifm.com/), de Santa Filomena, dentre outros colaboradores.

Se você também pretende participar e/ou colaborar com o evento, ainda há tempo. Entre em contato com Mailson Dourado, pelos telefones: (63) 8453-2925 OI / 8131-2278 TIM.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Prefeituras fecham suas portas para protestarem contra o arrocho financeiro

Imagem: Reprodução1(Imagem:Reprodução)

Acontece hoje, sexta-feira, 11 de abril de 2014, em todo o País uma mobilização nacional nos 5.568 municípios brasileiros como forma de chamar a atenção das autoridades, bem como informar a população sobre a real situação por que passam as Prefeituras Municipais.

Os gestores municipais se reunirão em Teresina, na Associação Piauiense de Municípios (APPM), para pressionar a Bancada Federal sobre o aumento dos 2% do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, desoneração da Previdência, a redistribuição dos royalties do petróleo – parada no Supremo Tribunal Federal (STF), socorro ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), entre outros.

Essas são as mais importantes reivindicações do movimento municipalista e da campanha “VIVA O SEU MUNICÍPIO”, lançada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A Associação Piauiense de Municípios (APPM) convocou prefeitos, vereadores, servidores e munícipes para pedirem atenção dos parlamentares e do Governo Federal para a pauta.


Imagem: Reprodução2(Imagem:Reprodução)

“As prefeituras do Piauí e de todo o Brasil fecharão suas portas nesta sexta-feira para protestar sobre o arrocho financeiro e a sobrecarga de responsabilidades atribuídas aos municípios nos últimos anos. Sofremos com a falta de apoio técnico e de recursos, além de sermos nós que recebemos as cobranças da população. É hora de darmos um basta nisso”, desabafa o prefeito de Vila Nova do Piauí e presidente da APPM, Arinaldo Leal.

O prefeito de Santa Filomena, Esdras Avelino Filho, apoia o movimento. A ideia é que todos os municípios também parem os serviços administrativos das Prefeituras, a fim de chamarem a atenção do Congresso Nacional e da sociedade brasileira para a grave crise financeira.


Imagem: Reprodução3(Imagem:Reprodução)

Marcha
dos Prefeitos a Brasília - O convite aos gestores piauienses é estendido à XVII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O encontro é a última ação da campanha e vai ocorrer de 12 a 15 de maio, no Centro Internacional de Convenções do Brasil.

É sabido que os municípios brasileiros enfrentam uma grave crise, com consequências diretas à população, principalmente na qualidade dos serviços públicos prestados. Entretanto, poucos cidadãos conhecem as verdadeiras causas do problema.

Para que se tenha ideia da dimensão da crise, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é a principal transferência constitucional por parte da União aos Municípios. Na sua grande maioria, o Fundo é a maior fonte de recursos das pequenas e médias cidades.


Fonte: APPM/CNM


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mesmo com o avanço da soja e do milho, ainda se planta arroz no Cerrado

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)O plantio de arroz de sequeiro no cerrado do Piauí começou na Faz. Baixa Serena, a 40 quilômetros de Santa Filomena

A cultura do arroz de sequeiro, pouco exigente em insumos e tolerante a solos ácidos, teve um destacado papel como cultura pioneira durante o processo de ocupação agrícola do Cerrado, iniciado na década de 60. No Piauí, começou pelo município de Santa Filomena, no ano de 1978, quando os pioneiros Antonio Luis Avelino Filho e Esdras Avelino Filho realizaram, na Fazenda Baixa Serena, distante 40 quilômetros da cidade, o primeiro plantio mecanizado.

Esse processo de abertura de área teve seu pico no período 75-85, em que a cultura chegou a ocupar área superior a 4,5 milhões de hectares. O sistema de exploração caracterizava-se pelo baixo custo de produção, devido à pouca adoção das práticas recomendadas, incluindo plantios tardios. Entretanto, a significativa ocorrência de veranicos fazia com que a cultura apresentasse uma produtividade média muito baixa, ao redor de 1.350 kg/ha, sendo assim considerada como de alto risco e gerando centenas de casos de Proagro (Seguro Agrícola).


Imagem: José Bonifácio/GP12(Imagem:José Bonifácio/GP1)Mais de 30 anos depois, o plantio do arroz de terras altas representa só 3% da área dos cerrados na safra 2013/2014

Apesar desse panorama pouco promissor, que culminou com a falência da maioria dos agricultores - são poucos os que conseguiram se manter na atividade -, naquele período a pesquisa já oferecia um leque de alternativas para a minimização da adversidade climática, incluindo cultivares tolerantes à seca, classificação do grau de risco em todos os municípios produtores, adequação da época de semeadura e do ciclo das cultivares, preparo de solo e manejo de fertilizantes, visando aprofundamento radicular e aumento da reserva útil de água no solo, além de técnicas do manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas.

Com a progressiva redução das áreas de abertura, em meados da década de 80, a área cultivada com arroz sob o sistema de cultivo de sequeiro, foi sendo gradativamente reduzida, ao mesmo tempo em que a fronteira agrícola se moveu no sentido sudeste-noroeste do Brasil.


Imagem: José Bonifácio/GP13(Imagem:José Bonifácio/GP1)
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5(Imagem:1)Mas os produtores que insistem com o cultivo de arroz de sequeiro nas serras do Piauí conseguem boa produtividade

A conseqüência desse movimento foi a redução do risco climático, o que tornou mais propícia a aplicação das tecnologias recomendadas pela pesquisa. Para novas e promissoras áreas, a criação de cultivares de tipo de planta moderno (estatura e perfilhamento intermediários, com folhas eretas), de maior potencial produtivo e grão do tipo "agulhinha", além do crescimento do nível de insumos aplicados, motivado pela melhor relação custo/benefício, trouxe um substancial aumento da aceitação do produto pela indústria/consumidores.

Apenas 3% da área plantada nos Cerrados – Atualmente, nos cerrados do Piauí, a área plantada com a cultura do arroz de sequeiro é pouco significativa. Em toda a região de Santa Filomena, por exemplo, temos menos de 4 mil hectares cultivados com o “arroz de terras altas” na safra 2013/2014, ante os 115 mil hectares de soja e cerca de 15 mil hectares com milho.


Imagem: José Bonifácio/GP1João Lustosa:(Imagem:José Bonifácio/GP1)JOAO LUSTOSA: "Pelo aspecto atual da lavoura, acredito que vai dar para colher em torno de 65 sacas por hectare"
 
Um dos poucos remanescentes, que ainda insistem em plantar arroz de sequeiro no cerrado piauiense, é o senhor João Lustosa Avelino, ex-presidente da Câmara e ex-prefeito de Santa Filomena, que plantou 40 hectares da variedade Cambará, na Fazenda Folha Larga, e pretende colher 2.500 sacas, com produtividade média acima de 60 sacas/hectare.

“Pelo aspecto atual da lavoura, já soltando o cacho, e com as condições climáticas normais, acredito que vai dar para colher em torno de 65 sacas por hectare”, diz Lustosa.