Madre Elizabeth Weismantel comemora seus 89 anos de vida, 47 dos quais dedicados à comunidade de Santa Filomena (PI) |
Elizabeth Helene Barbara Weismantel nasceu em Colônia, na Alemanha, no dia 02 de agosto de 1922. Descendente de família religiosa, Madre Elizabeth teve uma infância muito feliz, ao lado de seus pais, avó e dois irmãos. Muito precoce nos estudos, aos 5 anos de idade já cursava o equivalente à primeira série. Na adolescência e juventude foi líder de grupos católicos, com dedicação a lares de deficientes, cárceres e orfanatos.
“Aos 28 anos atendeu ao chamado de Deus e ingressou na Congregação das Irmãs do Divino Coração de Jesus. Naquela época, a jovem Elizabeth já ouvia falar de um País distante, cuja origem e população muito a impressionava”, conta o escritor filomenense Nilton Neres Bezerra, que se prepara para o lançamento do seu segundo livro, intitulado ‘SANTA FILOMENA NA HISTÓRIA’.
Através da leitura, Madre Elizabeth começou a admirar e a amar o Brasil, que mais tarde viria a ser sua Pátria adotiva e amada, como se a vida estivesse planejada. Num determinado dia, por meio do saudoso Pe. Guilherme, chegou ao Convento onde morava, convite para três religiosas virem trabalhar aqui.
Na primeira relação, Elizabeth Weismantel não constava entre as escolhidas, fato que a deixou muito triste e a se recolher à sala de música. Mas, por ironia do destino, uma das irmãs escolhidas desistiu da viagem e então foi chamada como substituta imediata. Ela não pensou duas vezes, arrumou os pertences e se juntou às Irmãs Angélica e Helena, rumo ao território brasileiro.
Em abril de 1964, chegou ao Recife, lá permanecendo até dezembro do mesmo ano, estudando a língua portuguesa. Ainda na capital pernambucana, teve o primeiro contato com uma família filomenense, amiga do Padre Guilherme, a quem foi conhecer; era o casal Esdras Avelino e Lovina Lustosa.
No dia 10 de dezembro de 1964, precisamente às 23h30, depois de uma verdadeira odisséia, chega a Santa Filomena, por meio de um jeep, que chegou em cima de um caminhão, rebocado por um trator, pela velha estrada do Tapuio. Ao chegar na cidade, recebeu a acolhida da inesquecível Dinha (Mocinha).
Irmã Jesuíta Barbosa e Madre Elizabeth Weismantel, há 43 anos fazendo educação de qualidade em Santa Filomena |
Antes, porém, ao passar pela Serra do Riachão, foi recepcionada pelo senhor Antonio Luiz Avelino, então prefeito municipal de Santa Filomena, assim como por José Lopes e Manoel “Currupio”, que carregou a Irmã Elizabeth nos braços ao atravessar o Riacho Tapuio.
Entre 1964 e 1967, Irmã Elizabeth lecionou na Escola Paroquial, fundada pelo Padre Guilherme, a qual tinha como diretora a professora Emília Avelino. Da época, quando professora de vários alunos da primeira série, a Madre Elizabeth, hoje com 89 anos de idade, se recorda de Paulo de Celinda, Ítala, Kilson Nogueira, Paizica, Filomena de Mariquinha, Filomeno Nogueira Filho (Filozim), Elizomar Lopes e Antonio de Alice.
Em 1968, exatamente no dia 1º de março, Madre Elizabeth inaugura o Educandário São José, marco da educação filomenense. O colégio teve como primeiros professores o senhor Manoel Cícero de Sousa (Cícero Moreno) e a senhora Maria de Deus. Também era professora a jovem Jesuíta Barbosa Lima, indicada por Manoel Cícero e convidada por Anísia Nery a se associar ao Apostolado da Oração, onde exerceu o papel de catequista. Mais tarde, ingressou na Congregação das Irmãs do Divino Coração de Jesus e se tornou a Irmã Jesuíta.
Segundo a pesquisa realizada pelo escritor Nilton Neres e que será publicada em ‘SANTA FILOMENA NA HISTÓRIA’, as primeiras jovens acolhidas pela Madre Elizabeth em sua residência, a fim de que pudessem estudar, foram Salvinha, Toinha, Júlia (irmã de Cícero Moreno), Joaquina e Zildamaria Pereira Lima. Aliás, tal prática permanece até os dias atuais, tendo em vista que outras jovens interioranas dividem com ela o mesmo teto, igualmente em busca do saber.
Ao comemorar seus 89 anos de vida, podemos afirmar que é pública e notória a importância que a Madre Elizabeth exerce em Santa Filomena, ao longo desses 47 anos, sobretudo na área educacional, construindo fundamentos filosóficos e didáticos. Portanto, queremos lhe agradecer e louvar a Deus, porque a colocou em nosso meio.
Madre helena
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