quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Cinco anos depois, algodão volta a ser cultivado no cerrado de Santa Filomena


Depois de quase cinco anos, algodão volta a ser cultivado na Serra das Guaribas, em Santa Filomena (PI)
O município de Santa Filomena, no extremo oeste do Piauí, que na Safra 2012/2013 chegou a colher cerca de 20 mil toneladas de algodão, em quase 6 mil hectares plantados, volta, depois de 5 anos, a ser pólo algodoeiro.

Segundo o IBGE, estão sendo cultivados 3.605 hectares da malvácea, sendo 1.500 hectares em uma Fazenda e 2.105 hectares em outra Fazenda (que, aliás, foi pioneira no cultivo do algodão nos cerrados do Piauí, desde 2003), ambas na Serra das Guaribas e entrecortadas pela rodovia BR-235/PI.

Uma dessas duas Fazendas, na Serra das Guaribas, foi pioneira no cultivo de algodão no cerrado do Piauí
Dessa forma, o município de Santa Filomena deverá contribuir com 18,48% de todo o algodão colhido no Piauí em 2019, estimado em 78.975 toneladas ou 5.265.000 arrobas de algodão em pluma, numa área de 19.500 hectares.

De acordo com Jânio Ponciano (Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas) e Ígor Amorim (Agente de Pesquisa e Mapeamento), da agência do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em Corrente/PI, a produtividade média esperada é de 270 arrobas/hectare (4.050 quilos/ha).

A volta do cultivo do algodão no município é um forte indicativo de que a Algodoeira Santa Filomena, instalada na Serra das Guaribas, será reativada.

A produtividade média esperada é de 4.050 quilos de algodão em pluma por hectare (270 arrobas/hectare)
Cotações têm leve queda - As negociações de algodão em pluma estão limitadas a poucos lotes. Conforme o Cepea, enquanto o comprador busca apenas repor estoques, vendedores ofertam maiores volumes, mas com características de cor, micronaire e fibra. Outros agentes ainda se mantêm retraídos do mercado, atentos à valorização do dólar na primeira quinzena de fevereiro, apesar da queda dos preços da commodity no mesmo período.

Assim, a queda de braço resultou em pequenas oscilações nos valores domésticos. Entre 12 e 19 de fevereiro, o indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou leve queda de 0,35%, fechando a R$ 2,9313/lp. Na parcial de fevereiro, o recuo é de 0,37%.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PONTE: Dnit desclassifica consórcio do RN e convoca construtora do Paraná


Imagem meramente ilustrativa, mas que se assemelha ao projeto da Ponte Santa Filomena/Alto Parnaíba
Após a primeira colocada - BARA - CONSTRUÇÕES E PERFURAÇÕES EIRELI, da cidade de Paço do Lumiar (MA) - e a segunda colocada - o consórcio formado pelas empresas CONSTRUTORA LUIZ COSTA LTDA., de Mossoró (RN), e DOIS A ENGENHARIA E TECNOLOGIA LTDA., de Natal (RN) - terem sido desclassificadas pela Comissão de Licitação, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), através da Superintendência Regional do Piauí, convocou a terceira colocada - ARTELESTE CONSTRUÇÕES LTDA., de São José dos Pinhais (PR) - para que reapresente a proposta, visando a construção da primeira ponte estaiada sobre o Rio Parnaíba, entre Santa Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA).

Devido ao preço mais baixo, a escolhida seria a BARA, mas a construtora foi desclassificada na fase de entrega da documentação de capacidade técnica, por descumprir requisitos de qualificação exigidos no Edital de Licitação.

Com a mudança, a obra da ponte passaria a custar R$ 26.118.243,42; ou seja, R$ 1.477,30 a mais que a oferta feita pelo grupo maranhense.

Consórcio CLC/DOIS A, do Rio Grande do Norte, foi desclassificado por descumprir exigências do Edital
Ocorre que o consórcio potiguar também foi desclassificado, por não cumprir as exigências do instrumento convocatório, apesar da oportunidade de reapresentar a proposta. “A técnica construtiva apresentada na Certidão nº 0054/2014 (2566802) não é compatível com a habilitação técnica exigida. O licitante não adicionou, em sua documentação complementar, atestados compatíveis com os critérios do Edital RDC Eletrônico nº 0456/2018”, diz o relatório da Comissão de Licitação do DNIT, de 11 de fevereiro de 2019.

Conforme o ATESTADO Nº 0054/2014, de 26 de março de 2014, emitido pelo CREA/RN, a Construtora Luiz Costa já havia construído três viadutos e uma ponte. Mesmo assim, o DNIT entendeu que tais obras não são tão complexas quanto as da ponte de Santa Filomena, com 200 metros de extensão.

Atestado emitido pelo CREA/RN, informando que a CLC já havia construído três viadutos e uma ponte
A ARTELESTE CONSTRUÇÕES LTDA. apresentou preço inicial de R$ 26.671.680,80. Mas o DNIT não apenas solicitou o envio dos arquivos da proposta, dando o prazo de 24 horas a partir do recebimento da mensagem, como também sugeriu uma negociação mais vantajosa, através de um acordo, algo desejável para a Administração Pública. “Assim sendo, como dever desta Comissão de Licitação, estamos abrindo para negociação. Senhor Licitante, acreditamos que o senhor pode oferecer um desconto mais vantajoso para este Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT. Deseja reanalisar sua proposta e oferecer um desconto maior, mais vantajoso para a Administração Pública?”, propôs a Comissão do DNIT.

Se não houver problema na documentação, a ARTELESTE, de São José dos Pinhais/PR, deverá ser aprovada
Caso a documentação da ARTELESTE CONSTRUÇÕES LTDA. esteja “redonda”, como se diz na linguagem coloquial, decorrerão aproximadamente 10 dias de prazo para recurso e contra-razão (apelação), e mais uns 5 dias para a decisão da Comissão. Ou seja; até o final do mês de Fevereiro.

O Blog do José Bonifácio está atento, acompanhando todo o processo e informando ‘pari passo’ à opinião pública, por se tratar de um assunto de relevante interesse coletivo. Por outro lado, nota-se que o processo licitatório da #NOSSA PONTE vem sendo conduzido com bastante critério pela Comissão de Licitação do DNIT/Superintendência Regional do Piauí.