quinta-feira, 10 de março de 2016

Banco do Nordeste inaugura agência de Santa Filomena em abril

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Agência do Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB) de Santa Filomena deverá ser inaugurada dia 1º ou 04 de abril de 2016

Segundo informações não oficiais, a nova agência do Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB), localizada na Rua Presidente Getúlio Vargas S/N, na zona central de Santa Filomena, cidade posicionada no sudoeste do Piauí, a 910 quilômetros de Teresina, terá no dia 1º (sexta-feira) ou dia 04 de abril de 2016 (segunda-feira) a cerimônia de inauguração e posse do gerente.

Portanto, a comunidade filomenense, que desde os anos 1970 reivindicava por esse marco histórico, já pode comemorar a conquista da primeira agência bancária, que possui espaço amplo, com guichês para atendimento ao público, sala de gerência e caixas eletrônicos.

Comerciantes, produtores rurais, servidores públicos, aposentados, pensionistas e demais segmentos da população de Santa Filomena e região vão agora contar com uma agência bancária moderna e eficiente, com oferta de serviços e produtos financeiros de qualidade.


Imagem: José Bonifácio/GP12(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Moradores de Santa Filomena e região vão agora contar com uma agência moderna e eficiente, com serviços de qualidade

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a nova unidade do BANCO DO NORDESTE estará ofertando aos empreendedores instalados no sudoeste do Piauí e no extremo sul do Maranhão, taxas e prazos entre os mais competitivos do mercado, dando oportunidades para crescer, sobretudo aos que mais precisam de apoio financeiro.

A agência de Santa Filomena nasce com vocação especial para o agronegócio, mas também terá prospecção de negócios junto aos agricultores familiares, assim como micro e pequenos empresários, aos quais será apresentado por equipes da instituição um variado portfólio de produtos e serviços que o Banco do Nordeste dispõe aos empreendedores desse porte.

O Banco do Nordeste de Santa Filomena atenderá também aos municípios de Monte Alegre (PI), Alto Parnaíba (MA), Tasso Fragoso (MA) e Lizarda (TO), estabelecendo relacionamento com os clientes, levando soluções financeiras para o dia-a-dia. Os clientes poderão realizar abertura de contas, pagamentos, depósitos, empréstimos, investimentos, seguros, solicitar cartões e outros serviços, com a vantagem de poder desfrutar de taxas de juros reduzidas.


segunda-feira, 7 de março de 2016

Seca no sul do Piauí provoca quebra de 70% na produção de soja

Imagem: Almir Michelan1(Imagem:Almir Michelan)
As primeiras áreas de soja colhidas na Serra da Fortaleza têm rendimento de 5 a 12 sacas/hectare, com perdas de 80%

Mesmo que continue chovendo nas próximas semanas, as perdas nas lavouras de soja de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, deverão passar dos 70 por cento. De acordo com a Associação de Produtores da Serra da Fortaleza (APROFORT), as primeiras áreas colhidas estão apresentando rendimento de 300 a 700 kg/ha, quando o normal seriam 2.700 kg/ha.

“Estou achando que a perda nas lavouras está chegando a 70 por cento ou mais”, conta o paranaense Fábio Michelan, um dos agricultores pioneiros na Serra da Fortaleza. Já para o seu irmão, Almir Michelan, a quebra na safra 2015/2016 já chega a 80 por cento. “Estamos colhendo de 5 a 12 sacas por hectare. O normal seria a gente colher 45 sacas por hectare”.


Imagem: Almir Michelan2(Imagem:Almir Michelan)
Mesmo que volte a chover em março, as perdas com a soja já somam um prejuízo estimado em mais de R$ 200 milhões

Em números, as perdas de 70% (setenta por cento) já somam um prejuízo de cerca de R$ 200 milhões somente na região de Santa Filomena, considerando a cotação de R$ 65,00 por saca de 60 quilos de soja (Balsas, 04/03/2016) e uma área estimada em 100.000 hectares.

E olha que a maioria das empresas rurais e dos produtores individuais tiveram que plantar até três vezes em uma mesma área (final de novembro, meados de dezembro e durante todo o mês de janeiro). Eles apostaram todas as suas economias, e estão perdendo quase tudo.

A quebra na produção agrícola devido à falta de chuvas deve afetar toda a cadeia produtiva. Teremos impacto no PIB do Piauí e, por conseguinte, a diminuição no retorno do ICMS. Além disso, milhares de empregos estão em situação de risco, o que afetará a economia da cidade.

Imagem: Almir Michelan3(Imagem:Almir Michelan)
Além da baixa produtividade, a produção colhida é de péssima qualidade, já que há vagens com grãos que não encheram

Se chover nos próximos dias, como ocorreu no último sábado (05/03), pode-se estagnar o quadro de perdas. Mas se continuar sem chuvas em março, as perdas na soja serão totais.

Diante do atual quadro, que já não é mais de estiagem e sim de SECA, os agricultores e as empresas rurais estabelecidas no município de Santa Filomena aguardam ansiosamente que o prefeito Esdras Avelino Filho (PTB) decrete, sem demora, Estado de Calamidade Pública.

Conforme o produtor Amarildo dos Santos, ex-presidente da APROFORT e um dos legítimos representantes do agronegócio em Santa Filomena, é necessário que o Executivo Municipal busque soluções junto aos governos Estadual e Federal, objetivando melhorar a situação e garantir 03 (três) pontos fundamentais: renda (empregos), seguro e repactuação de dívidas.


sexta-feira, 4 de março de 2016

CALAMIDADE! Seca está destruindo lavouras no cerrado do Piauí

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Lavouras de soja plantadas no final de janeiro (nunca havia ocorrido isso) nem sequer conseguiram germinar a contento

Diante da longa e atípica estiagem verificada nos meses de dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, intercalada pelas enchentes de janeiro 2016, desastres naturais que estão causando enormes prejuízos, os produtores rurais de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, estão pedindo ao prefeito Esdras Avelino Filho (PTB) que decrete Estado de Calamidade Pública.

A falta de chuvas e as altas temperaturas estão “torrando” as lavouras de soja e milho no cerrado piauiense. Para que se tenha dimensão do problema, nos últimos três meses foram verificadas seca e enchentes, com as seguintes precipitações, segundo o EMATER/PI: 57,5 milímetros em dezembro; 585,0 mm em janeiro; e apenas 38,5 mm no mês de fevereiro.


Imagem: José Bonifácio/GP12(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Cultivo de soja já em fase reprodutiva; além das perdas de 50%, que são irreversíveis, a qualidade dos grãos é pessima

Essa visível secura causa escaldadura (cancro por calor) e a deterioração (cozimento) das raízes, até mesmo nas propriedades que receberam grandes investimentos em tecnologia.

De acordo com a Associação dos Produtores da Serra da Fortaleza (APROFORT), a situação é muito grave. Conforme membros da entidade, as perdas já podem chegar a 30% nas áreas consideradas boas. Em áreas mais comprometidas, a quebra chega a mais de 50 por cento.


Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Plantio de milho na Serra da Fortaleza; em pleno mês de março, a situação está assim, e sem qualquer previsão de chuva

“A coisa está feia, muito mais do que se imagina. Além das perdas, que são irreversíveis, a qualidade dos grãos da soja é péssima”, relata, desolado, o agricultor Amarildo dos Santos.

Como coordenador da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC), observamos que os efeitos da seca de dezembro e de fevereiro, e da enchente de janeiro, que devastou o Vale do Rio Taquara, são nítidos. Constatamos ainda que praticamente a produção agrícola está condenada no município de Santa Filomena. E que nem todos os produtores são segurados.


Imagem: Iraciana Lustosa3(Imagem:Iraciana Lustosa)
SITUAÇÕES OPOSTAS! Em janeiro, os moradores sofreram com a maior enchente já vista no Valle do Rio Taquara, que ...

É fundamental que se garanta alguma segurança a esses produtores, que geram milhares de empregos na região, tendo em vista que muitos desses agricultores não fizeram seguro das suas lavouras e precisam ser respaldados nos enormes prejuízos que estamos prevendo.

Aliás, a seca a que nos referimos não se restringe ao município de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí. Está caracterizada em todo o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), fato que poderá levar os governadores a decretarem Estado de Calamidade Pública.

Imagem: José Bonifácio/GP14(Imagem:José Bonifácio/GP1)
... destruiu casas e transformou áreas de plantio de lavouras de subsistência em bancos de areia, praias de areia branca!

A estiagem prolongada (dezembro/2015 e fevereiro2016) colocou sob risco a produção de grãos (inclusive das lavouras de subsistência) e a pecuária em iminente prejuízo irreparável.

O Decreto de Calamidade Pública propiciará a tomada de ações visando amenizar a situação.