quarta-feira, 22 de junho de 2011

"Expedição Parnaibinha" documenta impactos em afluente do Rio Parnaíba

Uma equipe composta por autônomos e servidores públicos percorreu durante três dias (17, 18 e 19) aproximadamente 60 quilômetros pelo Rio Parnaibinha, desde o Povoado Figuras, no município de Alto Parnaíba (MA), até o encontro com o Rio Parnaíba.

A bordo de uma balsa rústica, construída à base de talos de buriti e coberta com a palha da própria palmeira, estavam na embarcação: Benevenuto Pereira (Beninha), Evaldo Reis, Arilton Araújo Elvas Parente, Arilton Júnior, Sérgio, Abelardo, Carlos Biah, Jean Rosa, José Bertino, Getúlio Tavares, José Maria, Nivaldo Guimarães, Nilson Guimarães e José Natino.

Os integrantes da "1ª EXPEDIÇÃO PARNAIBINHA" partiram da localidade Figuras na manhã de sexta-feira (17) e chegaram por volta do meio-dia de domingo (19) na cidade de Alto Parnaíba, cerca de 20 quilômetros a jusante do encontro dos rios Parnaibinha e Parnaíba.

O objetivo da missão era apenas de lazer. Entretanto, seus integrantes terminaram se deparando com alguns impactos da ação do homem sobre aquele rio, inclusive em todo o seu percurso. Mas os efeitos negativos detectados não têm nada a ver com desmatamentos e/ou esgotos, pois são raras as lavouras e as moradias encontradas no vale do Parnaibinha.

O grande problema reside nas queimadas desordenadas, que sempre acontecem de julho a novembro. Além de aumentarem o aquecimento global e retirarem a cobertura e os nutrientes do solo, acabam com a fauna e a flora, ocasionando o assoreamento do rio Parnaibinha.

“As queimadas no vale do Parnaíbinha estão devastando toda sua mata ciliar, já tendo destruído centenas de buritizeiros”, denuncia o comerciante Benevenuto Pereira da Costa Neto (Beninha), um dos principais idealizadores da bem sucedida expedição.

Há inclusive vários buritizeiros caídos sobre o leito do Parnaibinha, quase encalhando a embarcação dos turistas em um dos pontos do percurso, conforme imagens registradas pelas lentes do fotógrafo, radialista e professor Carlos Biah.

Benevenuto também chama a atenção para o abandono do campo por seus habitantes, que, em busca de melhores condições de vida, estão se transferindo das áreas rurais para os centros urbanos: “O êxodo rural na nossa região é assombroso. Do Povoado Figuras até Alto Parnaíba, em mais de 70 quilômetros, não vimos mais do que cinco lavouras de subsistência”.

Com potencial de Unidade de Conservação, os expedicionários constataram um vazio imenso, com total ausência de fiscalização por parte dos órgãos ambientais responsáveis. Embora a situação do Parnaibinha ainda não seja alarmante, é imperativo que o Governo tome atitudes que visem preservar um dos mais importantes afluentes do Rio Parnaíba.

Parabéns à “Expedição Parnaibinha” por chamar a atenção da sociedade e das autoridades sobre a importância que os mananciais têm para a vida das pessoas, a sobrevivência das cidades e como o mau uso pode afetar o desenvolvimento socio-econômico do país.

Acompanhe - em vídeo no YouTube - a passagem do "Chupa", com áudio de Euvaldo Reis:
http://sn132w.snt132.mail.live.com/default.aspx?ocid=MIE8HOTM&rru=inbox&wa=wsignin1.0#fid=1&fav=1&n=1540051939&rru=inbox&mid=fc83304f-9e75-11e0-b9a6-00237de3f246&fv=1  

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