segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Agronegócio do caju movimenta economia de Pio IX, no sudeste do Piauí

De todas as culturas tradicionais do Estado, o cultivo de cajueiro é o mais representativo para a economia agrícola de Pio IX, município emancipado em 08 de agosto de 1889, situado na mesorregião sudeste piauiense, com área de 1.948,8 km² e população de 17.693 habitantes (IBGE/2010), o que corresponde à densidade demográfica de 9,08 habitante por quilômetro quadrado.

Quanto aos Indicadores econômicos, é bem verdade que Pio IX está muito atrás do vizinho município de Fronteiras, impulsionado pela fábrica de cimento Nassau, do Grupo João Santos. O IDH piononense, de 0,572, é considerado médio (PNUD/2000), enquanto o PIB per capita, de R$ 4.229,89 (IBGE/2008), está abaixo da média dos municípios do Piauí (R$ 6.051,10), segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Outra grande diferença parece estar na distribuição dessa renda entre os seus moradores. Isso se deve ao agronegócio do caju, já que a riqueza não se concentra nas mãos de um único grupo empresarial, mas na de diversos empreendedores, contemplando desde o agricultor familiar até o grande produtor rural.

A existência dessa rede de pequenas e micro empresas garante capilaridade econômica e social. E o resultado a gente percebe no vigor do comércio local, tanto formal quanto informal. Também, segundo informações não oficiais, a agência do Banco do Brasil de Pio IX é uma das mais movimentadas da região, superando até mesmo as de Fronteiras (PI), Araripina (PE) e Campos Sales (CE) em volume de negócios.

Outro indicativo do avanço da economia é a verticalização da cidade, embora ainda tímida, com o surgimento de prédios comerciais e residenciais, não apenas na zona central, mas em quase todos os bairros.

Para que se tenha idéia da força do caju em Pio IX, dos cerca de 160 mil hectares de área ocupada com a cajucultura no Piauí, mais de 60 mil hectares estão situados no município, representando quase 40% do total, gerando aproximadamente 8 mil postos de trabalho, pelo menos durante três meses do ano.

Esse período gerador de empregos diretos e indiretos impulsiona a economia local, ocasionando mais trabalho ao cidadão e melhorando a qualidade de vida dos habitantes.

Atualmente Pio IX possui três fábricas moendo o caju e exportando seus produtos a outros Estados brasileiros, especialmente o Ceará. Vale lembrar que do caju se aproveita tudo, pois além do suco e da castanha, o resto é utilizado na fabricação de ração para bovinos, suinos e outros.

A cajucultura se apresenta, portanto, como um grande potencial de desenvolvimento em Pio IX, considerando as condições naturais existentes. Os plantios, que no início se restringiam a algumas plantas nas proximidades das casas das propriedades rurais, os chamados “plantios de fundo de quintal”, foram ampliados até se transformarem nos pequenos, médios e grandes projetos, que são comuns na margem da BR-020.

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