Imagem: José Bonifácio/GP1ISSO É LAMENTÁVEL! Pavimentação da BR-235/PI parou a 11 km da cidade de Santa Filomena, por falta de pagamento
Restando somente 11 quilômetros para ser concluída, a BR-235/PI B (trecho Gilbués/Santa Filomena) poderá ser paralisada por falta de pagamento. Segundo informações colhidas pelo Portal GP1/Blog do José Bonifácio, desde agosto de 2014 que a Construtora Sucesso não recebe repasses oriundos do DINIT, via Setrans (Secretaria Estadual de Transportes).
De acordo com alguns relatos, de fontes fidedignas, o débito não tem nada a ver com o Governo Federal, que repassou cerca de R$ 15 milhões à Setrans/Governo do Estado do Piauí), conforme estabelece o Convênio nº UTI-18-00004/2007-00, entre o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) e a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans).
Imagem: José Bonifácio/GP1VAMOS REAGIR, SIM - O povo de Santa Filomena, que durante décadas sonhou com a estrada, não merece mais essa!
O problema parece ser fácil de resolver, pois que - até onde se sabe - falta apenas a Setrans, através do seu novo secretário, Guilhermano Pires, autorizar o repasse do valor reclamado.
Algo como se estivesse faltando alguém para assinar a liberação da parcela. Inacreditável!
É inaceitável, portanto, que isso tudo esteja ocorrendo. O povo de Santa
Filomena, que durante décadas sonhou com a estrada Gilbués/Santa
Filomena, não merece mais essa.
Imagem: José Bonifácio/GP1O serviço de terraplanagem chegou até o km 128... Ou seja; está a apenas 2 quilômetros da cidade de Santa Filomena!!!
Em reação ao episódio, o prefeito Esdras Avelino Filho (PTB), juntamente
com o vice-prefeito Adauton Barbosa de Queiroz (PSB) e todos os
vereadores de Santa Filomena, irão agendar audiência com o secretário
Guilhermano Pires e com o próprio governador Wellington Dias.
Não é possível que a nossa esperada BR-235, obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento),
de vital importância para o Piauí, encampada pelo então senador
Wellington Dias, que desencadeou o processo de federalização, seja
paralisada por um motivo tão banal.
Imagem: José Bonifácio/GP1Apesar da Sucesso estar sem receber dinheiro desde Agosto, alguns operários e máquinas continuam lá, trabalhando
Iniciada - oficialmente - no dia 20 de janeiro de 2012, o valor do convênio, assinado em 31 de dezembro de 2007, é de R$ 122.290.979,33 (cento e vinte e dois milhões, duzentos e noventa mil, novecentos e setenta e nove reais e trinta e três centavos), sendo o Dnit, na qualidade de “DELEGANTE”, responsável pela concessão e/ou repasse dos recursos à Setrans
(Governo do Piauí) como “DELEGADO”, a quem cabe promover a
desapropriação de bens em áreas atingidas pelos trabalhos objeto do
convênio, necessárias à faixa de domínio da rodovia.
A pavimentação chegou ao km 119 (localidade Campeira), estando a 11
quilômetros da zona urbana de Santa Filomena. Mesmo com poucos homens e
máquinas trabalhando, em função do não pagamento pelo Governo do
Estado/Setrans (Secretaria Estadual de Transportes), o serviço de
terraplanagem atingiu o km 128 (Auto Posto Pires), na confluência com a
PI-254.
Imagem: José Bonifácio/GP1A ladeira das Novas, a 58 km da BR-135 e a 72 km de Santa Filomena, sofre processo erosivo antes da pavimentação
Já a ladeira das Novas, que começou a sofrer processo erosivo, se inicia
no quilômetro 58 e tem 2.400 metros de extensão, está muito próximo de
ter suas 03 (três) pistas pavimentadas.
Por outro lado, embora a BR-235/PI (Gilbués/Santa Filomena) esteja quase
concluída, até o momento nenhum bem desapropriado foi indenizado. E
cabe à SETRANS (Governo do Estado do Piauí),
como “DELEGADO”, dar impulso às desapropriações de bens atingidos pela
estrada Gilbués/Santa Filomena. É mais um assunto a ser tratado com o
governador Wellington Dias.
Há denúncias, ainda, de que na cerca de proteção da rodovia vem sendo
empregada madeira de má qualidade, que terá pouca durabilidade. Não
sabemos de quem é a responsabilidade, mas achamos que o fato deveria (e
deve) ser investigado pelo Ministério Público Federal.
Imagem: José Bonifácio/GP1As colisões com cavalos são as mais perigosas, pois além de atingirem todo o pára-brisa, podem entrar no automóvel
Quem viaja pelos 130 quilômetros da BR-235/PI (estrada
Gilbués/Santa Filomena), a qualquer hora do dia ou da noite, com chuva
ou com sol, de domingo a sábado, já começa a conviver com um problema
que consideramos grave: a presença constante de animais na pista.
Em diversos trechos da estrada, usuários da BR-235/PI enfrentam essa
triste realidade, que pode provocar acidentes e gerar, desde prejuízos
financeiros, até perdas de vidas humanas.
A presença de eqüinos, bovinos, muares e asininos é comum em todo o
trecho, principalmente do quilômetro 92 (Povoado Matas) ao Riacho
Certeza, a 18 quilômetros de Santa Filomena.
Imagem: José Bonifácio/GP1
Os animais costumam ficar em pontos perigosos da BR, como na curva do Riacho do Couro, onde bovinos até dormem
O problema é mais grave porque os semoventes costumam ficar em pontos perigosos da estrada Gilbués/Santa Filomena, como na curva do Riacho do Couro – onde, inclusive, eles dormem – e próximos da ponte sobre o Rio Taquara, em locais de ultrapassagem proibida.
Na última segunda-feira (05/01), em uma viagem que fizemos a Gilbués,
nos deparamos com cavalos, vacas e jumentos, parados na pista ou
pastando ao lado dos acostamentos, às vezes em meio às curvas mais
perigosas da rodovia, como na do Couro, depois da Fazenda Marcos.
Foram onze locais em que encontramos animais na pista da estrada Gilbués/Santa Filomena, da Vereda Comprida (a menos de 20 km da BR-135/PI) ao Riacho da Certeza. QUE PERIGO!
Imagem: José Bonifácio/GP1
SERÁ MESMO? Para a maioria dos criadores, é melhor ficar com o prejuízo do animal do que pagar os danos no veículo
CRIME – Nunca é demais avisar e/ou lembrar aos proprietários
desses animais que deixá-los soltos na pista, além de ser um ato
irresponsável, também é crime previsto no CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
O dono é responsabilizado pelos prejuízos causados ao veículo; só que
raramente alguém paga, pois nunca aparece para resolver. Para a maioria
dos criadores, é melhor arcar com o prejuízo do animal morto do que ter
que pagar os danos no automóvel.
Mas a obrigação de manter o animal fora das rodovias é do seu
proprietário, sendo esse quem irá responder civil e criminalmente, caso
ele venha a provocar acidentes nas pistas.
Imagem: Sandra Regina Lopes
Não guardar, com a devida cautela, animal que oferece perigo, é crime e pode resultar em prisão de 10 dias a 2 meses
PRISÃO E MULTA - A responsabilidade do dono do animal solto na pista das rodovias federais, como na BR-235, é indiscutível para a Polícia Rodoviária Federal. Quando identificado o proprietário, é encaminhado à Delegacia e passa a responder inquérito.
De acordo com o artigo 31 da LCP (Lei das Contravenções Penais) - Decreto Lei 3.688, de 3 de outubro de 1941, que trata sobre “Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso”, pena prevista para esses casos variam de 10 dias a 2 meses de prisão, mais o pagamento de multa.
Sanções penais também podem aumentar caso o acidente, além de danos
materiais, deixe vitimas com lesões ou até seja fatal. Aí, o dono do
animal pode responder ainda por lesão corporal culposa ou mesmo
homicídio culposo, crime previsto no Código Penal Brasileiro.
Imagem: José Bonifácio/GP1A instabilidade climática na região do cerrado piauiense, com redução do índice de chuvas e ocorência de veranicos ...
O comportamento anual de precipitação no período compreendido entre 1984
e 2014 (31 anos) mostra uma grande variação anual na distribuição das
chuvas na região do cerrado piauiense, especialmente no município de
Santa Filomena, um dos cinco maiores produtores de grãos do Estado do
Piauí, que apresentou pluviosidade máxima de 2.870,1 milímetros no ano
de 1985, mínima de 1.000,7 milímetros no ano de 1986 e média de 1.512,5
milímetros.
No ano de 2014, por exemplo, choveu apenas 1.091,0 milímetros,
representando 28,58% a menos do que a média histórica de 30 anos (1984 a
2013), que estava em 1.527,5 mm. Com isso, a média anual, que em 2009
ficou em 1.555,6 mm, caiu em 2014 para 1.512,5 milímetros.
Imagem: José Bonifácio/GP1... preocupa agricultores e também pecuaristas, já que a pouca oferta de biomassa sacrifica a alimentação do rebanho
O mês com maior pluviosidade foi março (195,5 mm). Depois dezembro (194,0 mm), novembro (170,5 mm), fevereiro (146,0 mm), janeiro (145,5 mm) e abril (145,0 mm).
Em maio choveu 53,0 milímetros. O mês de setembro foi praticamente seco (somente 2,5 mm) e em outubro a precipitação alcançou 39,0 mm. Não ocorreu chuva de junho a agosto.
A distribuição anual das chuvas na região de Santa Filomena indica que,
em 48% dos anos (quinze anos), a média anual ultrapassou 1.500 mm (1985 =
2.870,1mm; 1987 = 1.617,5mm; 1989 = 1964,2mm; 1992 = 1.527,5mm; 1994 =
1.592,0mm; 1999 = 1.509,5mm; 2000 = 1.545,5mm; 2002 = 1.546,5mm; 2004 =
1.853,5mm; 2005 = 1.744,5mm; 2006 = 1.605,0mm; 2008 = 1.648,5mm; 2009 =
2.067,0mm; 2011 = 1.553,5mm; 2013 = 1.514,5mm), sendo 2013 o último ano
em que o fato ocorreu (1.514,5 mm), o que nos permite entender que,
apesar das mudanças no uso do solo (desmatamentos), nos últimos anos
continuaram os altos índices.
Imagem: José Bonifácio/GP1No último dia de 2014 choveu 12,5 milímetros na cidade de Santa Filomena (PI), fechando o ano com 1.091,0 milímetros
O que preocupa é a variação e a má distribuição das precipitações. Nos
últimos 6 (seis) anos (2009 = 2.067,0 mm; 2010 = 1.188,0 mm; 2011 =
1.553,5 mm; 2012 = 1.178,5 mm; 2013 = 1.514,5 mm; 2014 = 1.091 mm),
verifica-se que em um ano chove bem e, no outro, não.
A instabilidade climática na região levanta dúvidas sobre o volume da
safra, sobretudo de soja. Além dos prejuízos com o replantio e o atraso
no calendário do cultivo, o cenário que está se tornando comum (tempo
seco e quente) também traz outro problema: o ataque de pragas.
Porém, apenas em 9,6% dos anos (três anos), a precipitação ficou próxima
dos 1.000 milímetros (1984 = 1.005,0mm; 1986 = 1.000,7mm; 1998 =
1.024,0mm). No restante do período (treze anos), a média anual esteve
acima dos 1.000 mm e abaixo dos 1.500 mm.
Imagem: José Bonifácio/GP1De acordo com a meteorologia, 2015 vai começar com sol, alternando com pancadas de chuva e possíveis trovoadas
As médias mensais dos 31 anos aqui avaliados caracterizam duas estações
na mesorregião; a estação das águas ou inverno (novembro a abril) e a
estação da seca (maio a outubro), que é característico do Bioma Cerrado.
Os meses críticos para o regime hídrico em Santa Filomena são os de
junho, julho e agosto, que em 2014 não registraram qualquer ocorrência
de chuvas.
Durante esses 31 anos, segundo dados do EMATER-PI, os meses que apresentaram a maior incidência de chuva foram: Novembro = 186,6 mm (precipitação mínima de 19,5 mm em 1984 e máxima de 324,0 mm em 1999; Dezembro = 244,2 mm (mínima de 88,5 mm em 2011 e máxima de 744,5 mm em 1985; Janeiro = 251,8 mm (mínima de 58,0 mm em 1993 e máxima de 685,0 mm em 2004); Fevereiro = 235,6 mm (mínima de 27,5 mm em 2013 e máxima de 480,0 mm em 2007); Março = 283,5 mm (mínima de 107,0 mm em 1992 e máxima de 533,5 mm em 2005); e Abril = 155,9 mm (mínima de 8,0 mm 2011 e máxima de 384,5 em 2009).
Imagem: Dhiancarlos PachecoNa última grande enchente do rio Parnaíba, em 10 de janeiro de 2002, até a Prefeitura de Santa Filomena ficou inundada
Enchentes – Embora em anos seguintes tenha se verificado altos índices pluviométricos, como em 2004 (1.853,5 mm), 2005 (1.744,5 mm), 2006 (1.605,0 mm), 2008 (1.648,5 mm) e 2009
(2.067,0 mm), a última grande enchente no alto rio Parnaíba aconteceu
no dia 10 de janeiro de 2002, alagando áreas das cidades de Santa
Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA).
Em Santa Filomena, as águas do Parnaíba cobriram parte das ruas Leônidas
Melo, Padre Piage e Presidente Getúlio Vargas e toda a Avenida Barão de
Santa Filomena, deixando a sede da Prefeitura Municipal submersa,
literalmente, conforme imagem acima, de autoria de Dhiancarlos Pacheco.
Naquele janeiro de 2002, choveu 559,5 mm, levando o então prefeito,
Ernani de Paiva Maia, a decretar, no dia 18/01, ‘estado de calamidade
pública’.
Imagem: José Bonifácio/GP1SECA VERDE 2013: Prejuízos na agropecuária levaram o prefeito Esdras Avelino a decretar 'Situação de Emergência'
Seca Verde - Por outro lado, o maior veranico da história de Santa Filomena, que
deixou o setor agropecuário em um momento crítico, deve ter sido o que
se prolongou de 28 de janeiro a 14 de março de 2013 (45 dias com
baixíssima ocorrência de precipitação pluviométrica). Naquela época,
foram registradas apenas 9 (nove) chuvas, totalizando 105 milímetros.
Durante todo o mês de fevereiro, fase reprodutiva da soja, choveu 27,5 milímetros.
As perdas agrícolas chegaram a 70% (setenta por cento) nas lavouras de
soja, 90% (noventa por cento) na produção de milho e 95% (noventa e
cinco por cento) na de arroz de sequeiro.
Na agricultura familiar, também muito prejudicada, as perdas calculadas
chegaram a 90 por cento na produção de milho, 70% no feijão e 95%
(noventa e cinco por cento) no arroz.
Do mesmo modo, na atividade pecuária se estimou que 70% (setenta por
cento) das áreas cultivadas com forragens foram comprometidas, tendo em
vista que não ocorreram condições favoráveis para a reforma e
recuperação das pastagens, sacrificando assim a alimentação animal e,
consequentemente, a manutenção do rebanho pela baixa oferta de biomassa.