sexta-feira, 16 de março de 2012

Mais de 80% dos professores de Santa Filomena aderiram à greve nacional

Os professores da rede estadual em Santa Filomena aderiram ontem (15) à greve de três dias em todo o país, uma jornada de paralisações para defender que os governos cumpram a lei que instituiu o piso salarial, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

Dos 32 professores efetivos distribuídos pelas escolas “Professora Delfina Sobreira Queiroz”, “Professor Lourenço Filho” e “Educandário São José”, apenas 06 (seis) deles, lotados no Educandário São José, estão comparecendo ao trabalho, fazendo com que aquela escola funcione parcialmente, já que a maioria dos professores pertencem ao quadro de seletistas.

Antes da paralisação total, alguns professores haviam decidido ministrar aulas de 30 (trinta) minutos, a fim de que as escolas estaduais não ficassem fechadas, prejudicando os quase 700 alunos atendidos. Mas ontem, quinta (15), mais de 80% dos professores efetivos resolveram aderir à greve.

De acordo com a CNTE, professores de 23 estados e do Distrito Federal aderiram à paralisação. Segundo Roberto Leão, presidente da CNTE, um balanço inicial da mobilização indica que a maioria das redes estaduais e municipais tiveram as aulas suspensas. Em 2012, o Ministério da Educação reajustou o valor em 22,22%, passando o piso para R$ 1.451,00. Os professores pedem ainda que o Governo Federal destine 10 por cento do PIB (Produto Interno Bruto) ao setor educacional.

Pelo balanço realizado pela entidade, apenas no Espírito Santo e no Rio Grande do Norte as aulas foram mantidas. O Rio de Janeiro não participa da mobilização porque, conforme a assessoria de imprensa da CNTE, nenhum sindicato do estado é seu filiado.

O balanço final sobre o número de escolas que efetivamente suspenderam as aulas deverá ser divulgado ainda hoje, sexta-feira, dia 16, pela Confederação Nacional.

Em Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, os salários dos professores que atuam na Rede Municipal de Ensino já estão sendo adequados ao novo piso, a fim de que os professores passem a receber o novo valor já a partir deste mês de março, dependendo da disponibilidade financeira da Prefeitura, informa Pedro Eimard Maia de Sousa, secretário de Educação.

Como a lei federal que estipula o piso prevê que o novo salário deve ser pago retroativo ao mês de janeiro deste ano, a administração municipal estuda a forma de pagar esse retroativo, que é um direito do educador, sem provocar grande impacto nas finanças.

Uma das propostas em análise é o parcelamento do retroativo acrescentando a diferença no salário do professor mês a mês até saudar o atrasado.

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