Os professores da rede estadual em Santa Filomena aderiram ontem (15) à
greve de três dias em todo o país, uma jornada de paralisações
para defender que os governos cumpram a lei que instituiu o piso
salarial, segundo a Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação.
Dos 32 professores efetivos distribuídos pelas escolas “Professora
Delfina Sobreira Queiroz”, “Professor Lourenço Filho” e “Educandário São
José”, apenas 06 (seis) deles, lotados no Educandário São José, estão
comparecendo ao trabalho, fazendo com que aquela escola funcione
parcialmente, já que a maioria dos professores pertencem ao quadro de
seletistas.
Antes da paralisação total, alguns professores haviam decidido ministrar
aulas de 30 (trinta) minutos, a fim de que as escolas estaduais não
ficassem fechadas, prejudicando os quase 700 alunos atendidos. Mas
ontem, quinta (15), mais de 80% dos professores efetivos resolveram
aderir à greve.
De acordo com a CNTE, professores de 23 estados e do Distrito Federal
aderiram à paralisação. Segundo Roberto Leão, presidente da CNTE, um
balanço inicial da mobilização indica que a maioria das redes estaduais
e municipais tiveram as aulas suspensas. Em 2012, o Ministério da
Educação reajustou o valor em 22,22%, passando o piso para R$ 1.451,00.
Os professores pedem ainda que o Governo Federal destine 10 por cento
do PIB (Produto Interno Bruto) ao setor educacional.
Pelo balanço realizado pela entidade, apenas no Espírito Santo e no Rio
Grande do Norte as aulas foram mantidas. O Rio de Janeiro não participa
da mobilização porque, conforme a assessoria de imprensa da CNTE, nenhum
sindicato do estado é seu filiado.
O balanço final sobre o número de escolas que efetivamente suspenderam
as aulas deverá ser divulgado ainda hoje, sexta-feira, dia 16, pela
Confederação Nacional.
Em Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, os salários dos professores que
atuam na Rede Municipal de Ensino já estão sendo adequados ao novo
piso, a fim de que os professores passem a receber o novo valor já a
partir deste mês de março, dependendo da disponibilidade financeira da
Prefeitura, informa Pedro Eimard Maia de Sousa, secretário de Educação.
Como a lei federal que estipula o piso prevê que o novo salário deve ser
pago retroativo ao mês de janeiro deste ano, a administração municipal
estuda a forma de pagar esse retroativo, que é um direito do educador,
sem provocar grande impacto nas finanças.
Uma das propostas em análise é o parcelamento do retroativo
acrescentando a diferença no salário do professor mês a mês até saudar o
atrasado.
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