O Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (IAPEP) anunciou, em março de 2009, que estaria colocando no ar sua nova página na internet, para dinamizar e otimizar o atendimento dos servidores públicos estaduais.
Seria bom se assim fosse. Porém, quem se dirige à sede do IAPEP, logo percebe que a situação está é cada vez pior. Segurados se amontoam numa desorganizada fila, passando horas e horas até mesmo para realizar uma simples renovação de carteira. O que mais se ouve por lá é incômoda expressão “o sistema está fora do ar”, dita pelos funcionários.
Quando os assegurados conseguem renovar a validade de suas carteiras, enfrentam um novo desafio: encontrar vagas disponíveis nas Clínicas e Hospitais. Lá também o que se houve com maior freqüência é a famigerada informação de que “o sistema está fora do ar”.
Aí, contribuintes que moram à distância e que – geralmente – costumam ir a Teresina apenas uma vez por ano, terminam tendo que passar semanas pagando hospedagem ou voltando para casa sem resolver nada, tudo por culpa desse falido e ultrapassado sistema online do IAPEP, que parece “andar” a passos de tartaruga.
Por outro lado, o próprio IAPEP está privando seus segurados de terem acesso a alguns tipos de exames mais complexos, não conveniando especialidades como Arlergologia, Dermatologia, Fonoaudiologia, Neurologia, Nefrologia, Psicologia e Psiquiatria, conforme aviso afixado no Hospital São Marcos.
Que o IAPEP está “quebrado”, isso todo mundo já sabe. O que não justifica é essa falta de respeito para com os servidores públicos do Estado do Piauí que, além de receberem salários aviltados, descontam cerca de 15% dos seus vencimentos brutos para o sistema previdenciário estadual (IAPEP, IAPEP SAÚDE e PLAMTA).
Mas afinal, o que é que estão fazendo com esse dinheiro? O Ministério Público precisa urgentemente agir de ofício, exercendo de fato a função de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua garantia, conforme determina o seu artigo 129.
Seria (e será) importante também que o atuante deputado Marcelo Castro (PMDB) continue questionando sobre o desmantelamento do IAPEP, tendo em vista que todo mês o dinheiro é descontado do contra-cheque do coitado do assalariado, religiosamente, sem pena nem dó..
E não só ele (Marcelo Castro), mas todos os parlamentares com assento na Assembléia Legislativa, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, independente da sigla partidária, fazendo jus aos votos que receberam dos funcionários estaduais, cidadãos de direitos iguais aos dos demais piauienses.
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