segunda-feira, 29 de julho de 2013

Asfalto da estrada Gilbués/Santa Filomena terá apenas 5 anos de vida útil

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1) Construída com revestimento betuminoso do tipo TSD, a estrada Gilbués/Santa Filomena terá vida útil de apenas cinco anos

Conforme já disse o governador Wilson Martins, se referindo à implantação/pavimentação da rodovia BR-235/PI, trecho de 130 quilômetros, entre as cidades de Gilbués e Santa Filomena, “o sonho de mais de 100 anos está se tornando realidade”.

Entretanto, é importante esclarecer que na construção da tão sonhada rodovia está sendo utilizado o revestimento betuminoso do tipo Tratamento Superficial Duplo (TSD), sobre uma superfície imprimida, de acordo com alinhamentos, greide e seções transversais do projeto.

Imagem: José Bonifácio/GP12(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Pista de rolamento da estrada Gilbués/Santa Filomena, pavimentada com agregado mineral (brita), submetido à compressão

3(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Primeiro recebe a brita com espessura de 19mm; depois a brita de 12mm, após 2 aplicações seguidas de ligante betuminoso

4(Imagem:José Bonifácio/GP1)
No acostamento é realizado o Tratamento Superficial Simples (TSS), utilizando agregado mineral menos denso (Brita 12mm)

A sistemática empregada na execução da importante obra consiste em seis etapas distintas: Terraplenagem; Sub-base (20-22cm); Base (22cm); Imprimação (impermeabilização da base do pavimento); Tratamento Superficial Simples, realizado somente nos acostamentos, com brita de 12mm; e Tratamento Superficial Duplo, apenas nas pistas de rolamento, constituído por duas aplicações sucessivas de ligante betuminoso, cobertas, uma a uma, com agregado mineral (brita 19mm + brita 12mm), submetidas à compressão.

Significa dizer que as faixas de rolamento da estrada Gilbués/Santa Filomena tem a espessura entre 22 e 25 milímetros, ao tempo em que, nos acostamentos, a grossura é de 12 milímetros.

Imagem: José Bonifácio/GP15(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Pista depois das etapas de terraplenagem, sub-base e base, pronta para receber a imprimação (impermeabilizaçõ da base)

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Pista recebendo a imprimação asfáltica, feita por caminhão espargidor, limpo e sem quaisquer resíduos de outros produtos

As principais funções desse tipo de revestimento são: oferecer uma camada de rolamento de pequena espessura, mas de alta resistência contra o desgaste; impermeabilizar o pavimento; proteger a infraestrutura; e, por fim, proporcionar uma pista com revestimento antiderrapante.

Em todas as Rodovias de Baixo Volume de Tráfego (RBVT), pavimentados com revestimento em Tratamento Superficial Duplo (TSD), a vida útil estimada em projeto é de 6 a 10 anos. Já em rodovias de alto volume de tráfego, como será o trecho de 130 quilômetros da BR-235/PI, entre as cidades de Gilbués e Santa Filomena, sua utilidade gira em torno dos 5 anos.

Imagem: José Bonifácio/GP17(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Estoque de brita com granulometria de 19 milímetros, utilizada na pavimentação das 2 pistas de rolamento, antiderrapantes

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Estoque de brita com a espessura de 12 milímetros, empregada nos acostamentos e também usada nas pistas de rolamento

Mas de acordo com Ramon Santos, engenheiro civil da Norconsult, empresa que acompanha, gerencia, fiscaliza e controla as obras, a construtora responsável pela obra é obrigada a fazer a manutenção preventiva do trecho durante cinco anos, medindo o grau de deformidade da pista antes que ele se torne visível, a fim de garantir as boas condições do pavimento.

Ainda conforme o consultor Ramon Santos, já está sendo projetada pelo DNIT/PI a aplicação de uma capa selante em todo o trecho, com asfalto AAUQ (Areia Asfalto Usinada a Quente), mistura asfáltica que demanda basicamente os mesmos equipamentos em sua execução, diferenciando-se, basicamente, em relação aos agregados minerais utilizados na mistura.

Enquanto o agregado atualmente utilizado no CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) é a brita, na AAUQ emprega-se areia grossa, permitindo a impermeabilização do pavimento e a melhoria das condições de rolamento, obedecendo aos padrões de qualidade exigidos pelos órgãos de controle, assegurando assim uma maior qualidade e durabilidade.

Imagem: José Bonifácio/GP19(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Construção da ponte sobre o Rio Taquara, entre as fazendas Cachoeira e Prevenção, a 27 quilômetros de Santa Filomena

10(Imagem:José Bonifácio/GP1)
Prevista para ser concluída em setembro, a ponte sobre o Rio Taquara terá 55,0 metros de extensão e 11,4 metros de altura

A espessura do segundo revestimento, que poderá ocorrer até 2016, deverá ser de cinco centímetros, no mínimo. Embora o excesso de peso dos caminhões e a chuva em demasia possam diminuir o tempo de vida do material, o asfalto é produzido para durar cerca de 10 anos. Contudo, se não houver manutenção, resiste, muitas vezes, apenas seis anos.

A estrada Gilbués/Santa Filomena tem previsão de ser inaugurada em 22 de março de 2014. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pretende, até o final do ano, alcançar o riacho Certeza, na altura do quilômetro 112, inclusive com a conclusão das ladeiras (Novas, Cambaúba e Saquinho) e de mais duas pontes (Taquara e Certeza).

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