Quem passou pela MA-006 deve ter percebido o desperdício de algodão |
O desperdício se dá em todas as fases da produção, desde o seu plantio e colheita, até o destino final. No Brasil, autoridades do setor primário calculam que 20% de toda a safra se perdem durante a colheita, enquanto que outro tanto desaparece durante o transporte.
O enorme desperdício se deve ao transporte em embalagens inadequadas |
É impossível alguém afirmar quantas arrobas do nosso ouro branco já beneficiadas foram jogadas à beira daquelas vias, já que em alguns trechos da BR-235, próximo à cidade de Santa Filomena, a estrada ficou literalmente “asfaltada” com mantas de algodão (gênero Gossypium, família Malvaceae).
A estrada de Santa Filomena ficou literalmente "asfaltada" com algodão |
Ou seja; a média de perda por carga transportada é de 60 quilos do produto. Mas, por frete, no máximo 92,5 kg podem ficar à margem das estradas sem pesar no bolso das transportadoras, pois estão dentro do limite permitido em contrato.
O valor é calculado com base no transporte de 37 mil kg de grãos, que é a capacidade de uma carreta bitrem, veículo mais utilizado no transporte da safra agrícola na região. Todavia, independentemente de quem fica ou não com o prejuízo, é inadmissível que tal fato ocorra, não apenas no Piauí, mas principalmente em Santa Filomena, onde tudo é conseguido com elevado grau de dificuldade.
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