segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sem licença ambiental da ponte, BR-235 poderá parar na beira do Rio Parnaíba

Imagem: José Bonifácio/GP1Aqui começa a BR-235/PI, trecho Gilbués/Santa Filomena(Imagem:José Bonifácio/GP1)Aqui começa a BR-235/PI, trecho de 130 quilômetros, entre as cidades de Gilbués e Santa Filomena, a partir da BR-135

A BR-235/PI (trecho entre Gilbués e Santa Filomena), obra com 130 km de extensão e custo superior a R$ 120 milhões, pode parar na beira do Rio Parnaíba, por falta de uma ponte.

O início das obras para construção da ponte na BR-235, entre as cidades de Santa Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA), está dependendo da licença ambiental, a ser expedida pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), de acordo com informações do próprio DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

O projeto da ponte e o licenciamento ambiental foram pagos pelo DNIT ainda em 2008, ao custo total de R$ 1.000,00 (Um Milhão de Reais), sendo R$ 270 mil do projeto e 730 mil da Licença Ambiental. Em agosto ou setembro a Construtora Sucesso chega com o aterro ao local onde será a ponte. Já pensou se até lá o IBAMA "birrar" e não liberar o início da obra?


Imagem: José Bonifácio/GP1E aqui termina a BR-235/PI (trecho Gilbués/Santa Filomena), na beira do Rio Parnaíba(Imagem:José Bonifácio/GP1)E aqui termina a BR-235/PI (Gilbués/Santa Filomena), à beira do Rio Parnaíba, entre Santa Filomena e Alto Parnaíba (MA)

Seria (ou será) bastante desconfortável para o Governo Federal, que investiu mais de R$ 120 milhões na estrada Gilbués/Santa Filomena, e, de repente, parar na ribanceira do rio. Ou seja; os usuários de uma das maiores obras rodoviárias do Governo Dilma Rousseff teriam (ou terão) que utilizar a mesma Balsa, pertencente a uma empresa sediada em Carolina (MA).

É algo como trabalhar, trabalhar toda uma vida por aquilo que se quer, para depois dar tudo errado, conforme sintetiza um velho adágio popular: "Nadar, nadar e morrer na praia".

Claro que a cidade de Santa Filomena é a grande beneficiada com a rodovia. Contudo, a BR-235/PI (Gilbués a Santa Filomena) está encurtando a distância entre Brasília e o sul do Maranhão. Além disso, quase toda a soja colhida no município é escoada para Balsas (MA).


Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
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7(Imagem:1)Obras da BR-235/PI (estrada Gilbués/Santa Filomena) estão em rítimo acelerado e a terraplanagem já alcança o km 112
 
Talvez esteja ocorrendo alguma dificuldade no diálogo entre os órgãos DNIT e IBAMA, que pertencem ao Governo do Brasil. Urge que esse entrave seja quebrado, já que ambos são da mesma esfera governamental e, portanto, devem procurar uma breve solução para o caso.

E o grande prejudicado com esse empecilho é o povo, que continuará a pagar pedágio, haja vista que o pagamento de passagem em uma Balsa privada nada mais é do que um tributo, embora o empresário nada tenha a ver com o conflito (ao que parece) entre IBAMA e DNIT.

Caso esse "fogo amigo" não seja cessado, tal situação fará com que as pessoas continuem a pagar caro pela travessia de um rio federal, cujo serviço deveria ser prestado gratuitamente. Mas é um problema fácil de se resolver; basta tão somente que DNIT e IBAMA se entendam.


Imagem: José Bonifácio/GP1Mas poderá não ligar ao estado do Maranhão, caso o IBAMA não libere o licenciamento ambiental até agosto(Imagem:José Bonifácio/GP1)Mas poderá parar na beira do Rio Parnaíba, caso o IBAMA não libere o licenciamento ambiental da ponte imediatamente

Vale ressaltar que nunca faltaram recursos para a estrada Gilbués/Santa Filomena. "Quero esclarecer que para a obra da estrada nunca faltou recurso nenhum dia. Nunca nos faltou o diálogo, tudo sempre foi pontualmente resolvido. Sempre houve perfeito entendimento entre o Governo do Estado, o DNIT e a SEMAR, fazendo com que tudo funcionasse favoravelmente", garante Ataliba da Fonseca Nogueira Filho, chefe do setor de operações do DNIT/PI.

A obra, orçada inicialmente em R$ 103 milhões, vem sendo realizada com recursos do Governo Federal, resultantes de um convênio firmando entre a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans) e o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT).

Cartão Postal - Também estão garantidos recursos da ordem de 16 milhões de reais para a construção da ponte biestaiada de Santa Filomena, com 16 metros de altura e 120 metros de comprimento, mais 40 metros de aterro para cada lado, totalizando 200 metros de extensão. O projeto prevê apenas 2 torres fora do leito do rio, portanto, quase sem impacto ambiental.


Imagem: José Bonifácio/GP1Aí, (Imagem:José Bonifácio/GP1)Aí os usuários da BR-235 com destino ao Maranhão terão que continuar pagando alto pedágio em uma Balsa particular
 
O único e crucial problema é o entrave no licenciamento ambiental, que se arrasta há 6 anos.

Precisamos mobilizar o governador do Piauí, a Assembléia Legislativa e toda a nossa bancada federal, no sentido de que o IBAMA se sensibilize, acelere a liberação da Licença Ambiental e a ponte sobre o Rio Parnaíba, entre Santa Filomena e Alto Parnaíba, possa ser construída.

A Câmara de Vereadores e o prefeito de Santa Filomena irão formalizar pedido ao governador Zé Filho, aos deputados estaduais, aos deputados federais e aos senadores, solicitando uma reunião de trabalho em Santa Filomena (PI), com as presenças de representantes do DNIT, da empresa Norconsult e do IBAMA, a fim de se saber o que realmente está acontecendo, já que os servidores do DNIT e do IBAMA são empregados de um mesmo patrão: o Governo Federal.


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