segunda-feira, 31 de agosto de 2015

BR-235/PI: Obra foi interrompida há 8 meses e não há previsão de retomada

Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)Faltando apenas 11 km para chegar a Santa Filomena, pavimentação da BR-235 foi interrompida em dezembro de 2014

No final de junho o Ministério dos Transportes suspendia obras no país por falta de recursos e não tinha previsão de retomá-las, afirmava no dia 29 (quarta-feira) o ministro dos Transportes, senhor Antonio Carlos Rodrigues, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Segundo o ministro, a interrupção das obras ocorria em meio ao impacto do tal ajuste fiscal promovido pelo Governo Federal, consequência da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, quando várias empreiteiras envolvidas se viram obrigadas a entrar em recuperação judicial.

Entre as obras paralisadas, estão as da rodovia BR-235/PI, trecho Gilbués a Santa Filomena.

Iniciada oficialmente no dia 20 de janeiro de 2012, a partir da BR-135, entre os municípios de Gilbués e Monte Alegre, no sentido para Santa Filomena, a implantação e a pavimentação da estrada Gilbués/Santa Filomena, com 130,2 quilômetros de extensão e orçada em R$ 122 milhões, a sonhada rodovia deveria ter sido concluída há quase 2 anos: dezembro de 2014.


Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)Durante esses 8 meses de paralisação, o pequeno trecho de estrada está se tornando um tormento para os motoristas

Entretanto, a BR-235/PI (trecho Gilbués/Santa Filomena) está parada desde dezembro do ano passado. Mas o pior de tudo isso é que não se tem a menor informação oficial a respeito.

Apenas sabemos informalmente que o DNIT teria empenhado a quantia de R$ 1,7 milhão (Um Milhão e Setecentos Mil Reais), mas que a Construtora Sucesso somente retomaria a obra se fossem empenhados os R$ 8 milhões (Oito Milhões de Reais) que ainda restam do contrato.

O que nos deixa indignados é o desencontro de notícias. Primeiro disseram que iriam parar a obra porque os postes da Eletrobrás estavam atrapalhando. Depois, surgiu a (des)informação de que retornariam no dia 20 de Junho passado; em seguida, que as máquinas voltariam a trabalhar dia 20 de Agosto; e agora, que talvez voltem em 20 de Setembro. É brincadeira!


Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
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2(Imagem:1)Nada justifica a interrupção da obra; se o Governo do Piauí deve à Construtora Sucesso, que procure sanar a tal dívida

Por outro lado, sabe-se ainda, através de fontes não oficiais, que a Construtora Sucesso estaria propondo um aditivo de 25% (Vinte e Cinco por Cento) sobre o contrato original da obra, ou cerca de R$ 30 milhões (Trinta Milhões de Reais), a fim de que também possam ser construídos a ponte sobre o Rio Parnaíba, entre as cidades de Santa Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA), e os 4 km do anel viário de Alto Parnaíba, desde a ponte até a MA-006.


2(Imagem:1)Através do comentário postado no Facebook, chegamos à conclusão de que a culpa é do Governo do Piauí/SETRANS

DE QUEM É MESMO A CULPA?
- Bem, até onde sabíamos, assim que o DNIT empenhasse os cerca de R$ 8 milhões restantes, a Construtora Sucesso retomaria as obras. Porém, surge uma nova informação: além de restarem R$ 15 milhões para o fechamento da obra objeto do Convênio nº UT-18-00004/2007-00, existe pendências na prestação de contas de repasses efetuados pelo Governo Federal/Ministério dos Transportes/DNIT, como DELEGANTE, à SETRANS/Governo do Piauí, como DELEGADO, conforme a Cláusula Sexta do contrato.

Ainda segundo a informação que recebemos na noite da última sexta-feira (28/08), o novo superintendente do DNIT no Piauí, o engenheiro Paulo de Tarso Cronemberger Mendes, teve uma longa reunião, onde o assunto BR-235 (trecho Gilbués/Santa Filomena) foi o mais discutido. E até cobrou de seus auxiliares o contato com a equipe técnica que recentemente vistoriou o local previsto para ser construída a ponte entre Santa Filomena e Alto Parnaíba.


Imagem: José Bonifácio/GP11(Imagem:José Bonifácio/GP1)
2(Imagem:1)Afinal, o povo de Santa Filomena sofreu demais com o secular isolamento, não suportando mais esse tipo de amolação

Pelo relato da nossa fonte informativa, que merece credibilidade, o CGMAP-DNIT, em Brasília (DF), repassou a notícia de que a Empresa PROGAIA (consultoria contratada) apresentou na 5ª feira passada as justificativas exigidas pelo IBAMA para fornecer a licença de instalação da obra da ponte sobre o Rio Parnaíba. Se aceitas, o processo deverá transcorrer normalmente.

Em síntese, a culpa pelo atraso na BR parece ser do Governo do Piauí/SETRANS. Não nos interessa saber se a irregularidade ocorreu neste ou naquele Governo, tendo em vista que a gestão pública é impessoal. Queremos é que o governador Wellington Dias resolva o impasse.

CADÊ NOSSOS REPRESENTANTES? - Se não estamos equivocados, está faltando interesse, vontade e/ou força política dos representantes piauienses, principalmente da bancada federal (deputados e senadores), mas também do próprio governador Wellington Dias (PT) que, além de correligionário, goza de muito prestígio junto à presidente Dilma Rousseff (PT). E se de fato o Governo do Piauí deve à Construtora Sucesso, que a SETRANS procure sanar essa dívida.


Imagem: DNIT1(Imagem:DNIT)Projeto pioneiro da primeira PONTE ESTAIADA sobre o Rio Parnaíba, que ainda não tem a licença concedida pelo IBAMA

Não há nada que justifique a paralisação de uma obra tão importante com é a da estrada Gilbués/Santa Filomena; estão faltando somente 11 quilômetros de pavimentação, além do pavimento dos 2,5 quilômetros da ladeira das Novas. Da mesma forma, jamais nos convence a desculpa amarela de que o Governo Federal não tem dinheiro para construir uma ponte sobre um rio com 80 metros de largura. Como dizia o saudoso ruralista Antonio Skura, que tanto desejava ver a mencionada ponte, “isso não é nem uma ponte, isso é uma pinguela!”.

Sinceramente, a comunidade de Santa Filomena, assim como os empresários rurais que investem maciçamente na região, não suportam mais esse tipo de "amolação". E, por isso mesmo, cobram uma posição do DNIT/Ministério dos Transportes/Governo Federal. Afinal de contas, os filomenenses nada têm a ver com a crise política e econômica que paralisou o Brasil, nem com a Operação Lava Jato, deflagrada em 17/03/2014 pela Polícia Federal (PF), que investiga um esquema bilionário de desvio/lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras.


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