Produto adulterado reduziu produtividade na cultura da soja |
As denúncias chegaram à Aged (Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão) por meio dos próprios produtores de soja, que desconfiaram do defensivo agrícola, quando perceberam a grande perda de produtividade.
Quase dois mil litros de agrotóxico adulterado foram vendidos nos municípios de Tasso Fragoso e Alto Parnaíba, na região sul do Maranhão, e Santa Filomena, no sudoeste estado do Piauí. De acordo com fiscais da Aged, o fabricante Basf informou que a numeração do lote denunciado nunca existiu.
Durante a fiscalização foi observado também que na bula dos produtos falsificados havia vários erros ortográficos. Além disso, o laudo da Universidade Federal do Paraná confirmou a falsificação do produto. O índice de fipronil, princípio ativo do produto nas amostras, era de apenas 0,03%, quando o normal seria de 25% (vinte e cinco por cento).
Agrotóxico falsificado só deu prejuízo aos produtores rurais |
A empresa acusada de vender o lote falsificado fica na cidade de Balsas, no sul do Maranhão. A Granule está fechada e os gerentes desaparecerem após prestarem depoimento na Aged, a agência maranhense de defesa agropecuária.
A Polícia Federal investiga o caso e os agricultores que compraram o produto adulterado entraram na Justiça contra a Granule. Já a Basf The Chemical Company, empresa que sofreu a falsificação, não quis comentar o assunto.
Adulteração - Agrotóxicos são produtos com alto risco para saúde e meio ambiente e, por isso, sofrem restrito controle de três órgãos de governo: Anvisa, IBAMA e Ministério da Agricultura. Alterações na fórmula desses produtos aumentam significativamente as chances do desenvolvimento de diversos agravos à saúde como câncer, toxicidade reprodutiva e desregulação endócrina em trabalhadores rurais e consumidores de produtos contaminados.
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