Imagem: José Bonifácio/GP1
Agência do Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB) de Santa Filomena deverá ser inaugurada dia 1º ou 04 de abril de 2016
Segundo informações não oficiais, a nova agência do Banco do
Nordeste do Brasil S/A (BNB), localizada na Rua Presidente Getúlio
Vargas S/N, na zona central de Santa Filomena, cidade posicionada no
sudoeste do Piauí, a 910 quilômetros de Teresina, terá no dia 1º
(sexta-feira) ou dia 04 de abril de 2016 (segunda-feira) a cerimônia de
inauguração e posse do gerente.
Portanto, a comunidade filomenense, que desde os anos 1970 reivindicava
por esse marco histórico, já pode comemorar a conquista da primeira
agência bancária, que possui espaço amplo, com guichês para atendimento
ao público, sala de gerência e caixas eletrônicos.
Comerciantes, produtores rurais, servidores públicos, aposentados,
pensionistas e demais segmentos da população de Santa Filomena e região
vão agora contar com uma agência bancária moderna e eficiente, com
oferta de serviços e produtos financeiros de qualidade.
Imagem: José Bonifácio/GP1
Moradores de Santa Filomena e região vão agora contar com uma agência moderna e eficiente, com serviços de qualidade
Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a nova unidade do BANCO DO NORDESTE
estará ofertando aos empreendedores instalados no sudoeste do Piauí e
no extremo sul do Maranhão, taxas e prazos entre os mais competitivos do
mercado, dando oportunidades para crescer, sobretudo aos que mais
precisam de apoio financeiro.
A agência de Santa Filomena nasce com vocação especial para o
agronegócio, mas também terá prospecção de negócios junto aos
agricultores familiares, assim como micro e pequenos empresários, aos
quais será apresentado por equipes da instituição um variado portfólio
de produtos e serviços que o Banco do Nordeste dispõe aos empreendedores
desse porte.
O Banco do Nordeste de Santa Filomena atenderá também aos municípios de
Monte Alegre (PI), Alto Parnaíba (MA), Tasso Fragoso (MA) e Lizarda
(TO), estabelecendo relacionamento com os clientes, levando soluções
financeiras para o dia-a-dia. Os clientes poderão realizar abertura de
contas, pagamentos, depósitos, empréstimos, investimentos, seguros,
solicitar cartões e outros serviços, com a vantagem de poder desfrutar
de taxas de juros reduzidas.
Imagem: Almir Michelan
As primeiras áreas de soja colhidas na Serra da Fortaleza têm rendimento de 5 a 12 sacas/hectare, com perdas de 80%
Mesmo que continue chovendo nas próximas semanas, as perdas nas
lavouras de soja de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, deverão passar
dos 70 por cento. De acordo com a Associação de Produtores da Serra da
Fortaleza (APROFORT), as primeiras áreas colhidas estão apresentando
rendimento de 300 a 700 kg/ha, quando o normal seriam 2.700 kg/ha.
“Estou achando que a perda nas lavouras está chegando a 70 por cento ou
mais”, conta o paranaense Fábio Michelan, um dos agricultores pioneiros
na Serra da Fortaleza. Já para o seu irmão, Almir Michelan, a quebra na safra 2015/2016 já chega a 80 por cento. “Estamos colhendo de 5 a 12 sacas por hectare. O normal seria a gente colher 45 sacas por hectare”.
Imagem: Almir Michelan
Mesmo que volte a chover em março, as perdas com a soja já somam um prejuízo estimado em mais de R$ 200 milhões
Em números, as perdas de 70% (setenta por cento) já somam um
prejuízo de cerca de R$ 200 milhões somente na região de Santa Filomena,
considerando a cotação de R$ 65,00 por saca de 60 quilos de soja
(Balsas, 04/03/2016) e uma área estimada em 100.000 hectares.
E olha que a maioria das empresas rurais e dos produtores individuais
tiveram que plantar até três vezes em uma mesma área (final de novembro,
meados de dezembro e durante todo o mês de janeiro). Eles apostaram
todas as suas economias, e estão perdendo quase tudo.
A quebra na produção agrícola devido à falta de chuvas deve afetar toda a
cadeia produtiva. Teremos impacto no PIB do Piauí e, por conseguinte, a
diminuição no retorno do ICMS. Além disso, milhares de empregos estão
em situação de risco, o que afetará a economia da cidade.
Imagem: Almir Michelan
Além da baixa produtividade, a produção colhida é de péssima qualidade, já que há vagens com grãos que não encheram
Se chover nos próximos dias, como ocorreu no último sábado
(05/03), pode-se estagnar o quadro de perdas. Mas se continuar sem
chuvas em março, as perdas na soja serão totais.
Diante do atual quadro, que já não é mais de estiagem e sim de SECA, os
agricultores e as empresas rurais estabelecidas no município de Santa
Filomena aguardam ansiosamente que o prefeito Esdras Avelino Filho
(PTB) decrete, sem demora, Estado de Calamidade Pública.
Conforme o produtor Amarildo dos Santos, ex-presidente da APROFORT e um
dos legítimos representantes do agronegócio em Santa Filomena, é
necessário que o Executivo Municipal busque soluções junto aos governos
Estadual e Federal, objetivando melhorar a situação e garantir 03 (três)
pontos fundamentais: renda (empregos), seguro e repactuação de dívidas.
Imagem: José Bonifácio/GP1
Lavouras de soja plantadas no final de janeiro (nunca havia ocorrido isso) nem sequer conseguiram germinar a contento
Diante da longa e atípica estiagem verificada nos meses de
dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, intercalada pelas enchentes de
janeiro 2016, desastres naturais que estão causando enormes prejuízos,
os produtores rurais de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, estão
pedindo ao prefeito Esdras Avelino Filho (PTB) que decrete Estado de
Calamidade Pública.
A falta de chuvas e as altas temperaturas estão “torrando” as lavouras
de soja e milho no cerrado piauiense. Para que se tenha dimensão do
problema, nos últimos três meses foram verificadas seca e enchentes, com
as seguintes precipitações, segundo o EMATER/PI: 57,5 milímetros em
dezembro; 585,0 mm em janeiro; e apenas 38,5 mm no mês de fevereiro.
Imagem: José Bonifácio/GP1
Cultivo de soja já em fase reprodutiva; além das perdas de 50%, que são irreversíveis, a qualidade dos grãos é pessima
Essa visível secura causa escaldadura (cancro por calor) e a
deterioração (cozimento) das raízes, até mesmo nas propriedades que
receberam grandes investimentos em tecnologia.
De acordo com a Associação dos Produtores da Serra da Fortaleza
(APROFORT), a situação é muito grave. Conforme membros da entidade, as
perdas já podem chegar a 30% nas áreas consideradas boas. Em áreas mais
comprometidas, a quebra chega a mais de 50 por cento.
Imagem: José Bonifácio/GP1
Plantio de milho na Serra da Fortaleza; em pleno mês de março, a situação está assim, e sem qualquer previsão de chuva
“A coisa está feia, muito mais do que se imagina. Além das
perdas, que são irreversíveis, a qualidade dos grãos da soja é péssima”,
relata, desolado, o agricultor Amarildo dos Santos.
Como coordenador da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC),
observamos que os efeitos da seca de dezembro e de fevereiro, e da
enchente de janeiro, que devastou o Vale do Rio Taquara, são nítidos.
Constatamos ainda que praticamente a produção agrícola está condenada no
município de Santa Filomena. E que nem todos os produtores são
segurados.
Imagem: Iraciana Lustosa
SITUAÇÕES OPOSTAS! Em janeiro, os moradores sofreram com a maior enchente já vista no Valle do Rio Taquara, que ...
É fundamental que se garanta alguma segurança a esses produtores,
que geram milhares de empregos na região, tendo em vista que muitos
desses agricultores não fizeram seguro das suas lavouras e precisam ser
respaldados nos enormes prejuízos que estamos prevendo.
Aliás, a seca a que nos referimos não se restringe ao município de Santa
Filomena, no sudoeste do Piauí. Está caracterizada em todo o MATOPIBA
(Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), fato que poderá levar os
governadores a decretarem Estado de Calamidade Pública.
Imagem: José Bonifácio/GP1
... destruiu casas e transformou áreas de plantio de lavouras de subsistência em bancos de areia, praias de areia branca!
A estiagem prolongada (dezembro/2015 e fevereiro2016) colocou sob
risco a produção de grãos (inclusive das lavouras de subsistência) e a
pecuária em iminente prejuízo irreparável.
O Decreto de Calamidade Pública propiciará a tomada de ações visando amenizar a situação.