Drenagem da BR-235/PI está criando uma voçoroca na Fazenda Salto, propriedade de Salomão Glória Reis |
Uma
voçoroca gigante, que começou a partir de um bueiro da BR-235/PI, na Gleba
Salto, a 13 quilômetros da cidade de Santa Filomena (PI), está literalmente
engolindo a propriedade do senhor Salomão Glória Reis.
A erosão, com mais de 500 metros de extensão e que chega a ter até de 3 metros de
profundidade por 15 metros de largura, começa a destruir a parte agricultável (agricultura
de subsistência e pastagem) do imóvel Salto, com área de 50 hectares, na qual Salomão
Glória tira o sustento familiar.
A água que sai do bueiro escorre por cerca de 500 metros, provocando compactação, erosão e assoreamento |
“Na época
em que foi construída a estrada, o pessoal da Construtora Sucesso pegou piçarra aqui e
queria construir um pequeno açude prá mim. Eu até achei que não merecia tudo
isso e não falei mais com eles. Mas hoje vejo que a água tá acabando com minha propriedadezinha. Criou
uma erosão monstra, que começou num bueiro, em frente da minha casa”, diz
Salomão Glória, que pede providência ao DNIT (Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes) e também à Construtora Sucesso, responsável pela obra.
O processo erosivo começa logo depois do bueiro e se transforma em voçoroca ao chegar no Riacho Salto |
O pior é
que a voçoroca da Fazenda Salto não pára de avançar rumo à BR-235, donde surgiu.
O buraco maior, com cerca de 50 metros de extensão, já chegou no Brejo do Salto,
e está a poucos metros do Rio Taquara.
Além do canal principal, que deu origem à voçoroca (buracão no solo, causado pelo escoamento de águas das chuvas), na área de pastagem, oferecendo risco de acidente com animais, o processo erosivo se deriva para dois outros pontos da propriedade, próximos da moradia, exatamente onde Salomão Glória planta mandioca e outras culturas, como feijão e milho.
Além do canal principal, que deu origem à voçoroca (buracão no solo, causado pelo escoamento de águas das chuvas), na área de pastagem, oferecendo risco de acidente com animais, o processo erosivo se deriva para dois outros pontos da propriedade, próximos da moradia, exatamente onde Salomão Glória planta mandioca e outras culturas, como feijão e milho.
Além da voçoroca, duas outras erosões se formam na área, ameaçando inclusive a casa da Fazenda, ... |
Danos ao Meio Ambiente – Como se não bastassem os
prejuízos que vêm sendo causados ao senhor Salomão Glória, que já perdeu boa
parte da terra produtiva de sua propriedade, é visível a ocorrência de danos ao
Meio Ambiente, haja vista o empobrecimento do solo, o assoreamento do Riacho
Salto e do Rio Taquara, e o esgotamento do patrimônio
hidrológico.
... assoreando o Riacho Salto e o Rio Taquara e possibilitando o esgotamento do patrimônio hidrológico |
Esperamos
que o caso seja resolvido à luz do bom senso, sem que haja necessidade de
ajuizamento de Ação Civil Pública de Responsabilidade por Danos ao Ambiente Natural,
com base
nos artigos 129, III, 170, III, e IV e 225 da Constituição Federal, e demais disposições da Lei Adjetiva Civil.
Regida pela Lei 7.347, de 24/07/1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, Municípios, Autarquias, Empresas Públicas, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Associações interessadas, se constituídas há pelo menos um ano.
Regida pela Lei 7.347, de 24/07/1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, Municípios, Autarquias, Empresas Públicas, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Associações interessadas, se constituídas há pelo menos um ano.
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