Santa Filomena tem um dos dias mais quentes e secos da sua história

Imagem: José Bonifácio/GP1Centro da cidade de Santa Filomena (PI), às 16h43 de ontem (24/09/2015): condições idênticas às do Deserto de Saara

Institutos Meteorológicos apontam que a cidade de Santa Filomena teve ontem, quinta-feira (24), um dos dias mais quentes e secos de toda a sua história. Os termômetros registraram incríveis 41ºC e a umidade relativa do ar (UR) foi medida em 12%, por volta das 16h43min.

Santa Filomena está registrando temperaturas acima das verificadas em Teresina, Piauí, considerada uma das cidades mais quentes do Brasil. A umidade relativa do ar ficou um pouco abaixo de Brasília, que no mesmo horário registrava 14%, com temperatura de 34°C.

E a previsão para os próximos dias é de "sol abrasador", sem nenhuma previsão de chuvas.

INÉDITO!  Santa Filomena já registra temperaturas acima das registradas em Teresina, que tem a fama de cidade quente

Essa situação fez com que muitas pessoas se sentissem mal, com falta de ar, sobretudo os cardiopatas. Inclusive, uma senhora de 73 anos está internada na Unidade Mista de Saúde, devido a complicações respiratórias, que se agravou no início da noite passada.

Portanto, Santa Filomena pode entrar em estado de alerta decretado pela Defesa Civil caso a umidade relativa do ar permaneça inferior a 20% em período superior a três dias. E se baixar dos 12 por cento, deverá ser decretado estado de emergência, conforme recomenda a ONU (Organização das Nações Unidas) que considera 60% o nível ideal de umidade relativa do ar.

Imagem: José Bonifácio/GP1Logo ao nascer do sol, percebe-se muita fumaça no horizonte, provocada pelas queimadas desordenadas no Cerrado

A OMS recomenda a decretação do estado de atenção quando os índices ficam entre 20% e 30%. O deserto do Saara, na África, registra índices entre 10% e 15%. Nessas condições, as atividades físicas ao ar livre devem ser proibidas nas escolas públicas, entre 10 e 16 horas.

Também a Defesa Civil Nacional recomenda a suspensão das atividades nas instituições onde for percebido qualquer sinal de agravo à saúde, tais como: tosse, falta de ar e mal-estar. A decisão de liberar estudantes e trabalhadores, no entanto, fica a cargo dos estabelecimentos.

Ainda conforme a Defesa Civil, os locais com aglomerações e aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a umidade dos ambientes, também devem ser evitados.