São realmente precárias as condições em que se encontra o Centro de Ensino Vitorino Freire, escola estadual de Ensino Médio e Fundamental, localizada no centro da cidade de Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, distante cerca de 1.100 quilômetros de São Luis.
O estabelecimento está literalmente caindo aos pedaços, representando um perigo constante a todos que ali estudam ou trabalham, tanto em relação às instalações físicas quanto à própria segurança das pessoas, já que faltam portas e janelas nas salas de aula e até nos banheiros (acredite!), expondo todos à ação de marginais.
A maioria dos problemas é estrutural e vão desde infiltrações, banheiros em condição mínima de uso, salas sem ventilação, iluminação precária, cadeiras e carteiras quebradas e deficiência na rampa de acesso para os portadores de necessidades especiais.
Apesar do desconforto, em algumas salas de aula os professores são obrigados a ministrar aulas para turmas com 50 alunos ou mais. Na verdade não são aulas, são palestras. É um triste exemplo de descaso para com a Educação Pública no Estado do Maranhão.
Além das paredes deterioradas e do teto bastante comprometido, a quadra da escola é outro verdadeiro desrespeito, um “faz de conta”, pois está em situação delicada, totalmente abandonada, oferecendo constante perigo de acidentes para os estudantes.
Com tantos perigos aos alunos e funcionários, não será surpresa se um dia o Ministério Público solicitar a interdição da escola, pelo menos até que sejam resolvidos os problemas estruturais, tendo em vista que não existe nenhuma previsão de reforma.
Construído na década de 1950, o colégio Vitorino Freire é a única escola da rede estadual em Alto Parnaíba. Mesmo assim, a última reforma ocorreu há quase 20 anos, exatamente em outubro de 1991, no governo do hoje ministro Edison Lobão.
Como se não bastassem os danos nas dependências da sexagenária escola, que funciona precariamente nos três turnos, a carga horária também vem sendo prejudicada devido à falta de professores. Com isso, alunos são dispensados das aulas, principalmente à noite.
A situação do Centro de Ensino Vitorino Freire chega a ser vexatória. Urge, portanto, que a Secretaria de Estado de Educação do Maranhão (Seduc) mande recuperá-lo. Afinal de contas, a educação se concretiza em cada sala de aula, passando, obviamente, pela utilização de toda uma estrutura escolar.
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